As denúncias de superfaturamento de contratos firmados entre as Secretarias de Educação e Ciências e Tecnologias de Pernambuco foram motivos de cobranças de explicação feitas pela deputada Terezinha Nunes (PSDB), nesta segunda-feira (5), na Assembleia Legislativa (Alepe).
O caso envolve o ex-secretário Anderson Gomes, que foi titular das duas pastas no período de 2010 até janeiro deste ano, que ajuizou contratos da ordem de R$ 77 milhões, dos quais R$ 51,2 milhões já teriam sido pagos.
A parlamentar questionou como um governo que costuma afirmar a realização de uma administração de resultados, com controles e metas em todos os órgãos governamentais, não tenha atentado para o que estava acontecendo em duas secretarias.
As investigações que correm nas instâncias competentes envolvem suspeição de sobrepreços em serviços e equipamentos que podem ter tidos preços majorados entre 200 a 500% superiores aos valores de mercado.
Durante o aparte, o líder da oposição, Daniel Coelho (PSDB), propôs que o ex-secretário seja convidado para uma audiência, onde ele pudesse esclarecer as denúncias que foram notícias durante toda semana na mídia nacional e local.
A sugestão foi compartilhada pela deputada. “Sabemos que nem sempre o que se denuncia é verdadeiro e nós da oposição não queremos tirar conclusões precipitadas.
Por isso considero importante a presença dele para esclarecer os fatos”, argumentou a tucana.
Terezinha defende que o governo precisa dar explicações à sociedade sobre a conduta do ex-auxiliar do governador Eduardo Campos (PSB), pois, “são grandes as evidências de relações estreitas entre Anderson Gomes e a empresa em pauta”, ao ponto de ele ter dois filhos e um genro trabalhando na Ideia Digital.