Foto: Guga Matos/JC Imagem Do Jornal do Commercio deste sábado (3).

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que havia recomendado a interdição, por tempo indeterminado, de trechos da orla do Grande Recife mais sujeitos a ataque de tubarão, flexibilizou seu pedido.

O promotor Ricardo Coelho, que instaurou inquérito civil para apurar a morte da turista paulista Bruna da Silva Gobbi e a segurança nas praias da Região Metropolitana, sugere agora, após ouvir especialistas, que a proibição dos pontos mais perigosos seja provisória, até que seja feita a instalação de telas de exclusão, projeto que está emperrado desde 2011. “Todos os especialistas ouvidos têm sido favoráveis às medidas que foram sugeridas pelo Ministério Público.

Queremos que a interdição para banho de mar nos pontos críticos seja temporária, até que as redes sejam colocadas.

Existem trechos, como na altura do Edifício Castelinho, em Boa Viagem, em que o tubarão chega a cinco metros da praia”, afirmou ele.

Ricardo Coelho vaise reunir, na próxima segunda-feira, às 17h, com a presidente do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit), Rosângela Lessa.

O encontro faz parte da apuração do inquérito civil.

Leia também: Após novo ataque de tubarão, MPPE recomenda ao Governo de PE interdição das praias SDS e Comitê de Monitoramento descartam interdição das praias de PE Em posicionamento oficial, Cemit diz que não vai atender recomendação do MPPE de interditar praias para banho Ele participa, na terça, às 14h, da reunião de monitoramento realizada pelo Cemit. É o primeiro encontro no qual o promotor comparece em nove anos de existência do órgão.

Alega que nunca havia sido convidado.

Coelho acumula quatro promotorias, incluindo Meio Ambiente.

O Cemit já se pronunciou, em comunicado, que não aceita a recomendação do MPPE de interditar a praia para banhistas.

Decreto prevê proibição, mas apenas para a prática de esportes náuticos.

O Ministério Público ainda não recebeu a resposta formal do comitê rechaçando a interdição.

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