Do Jornal do Commercio desta quinta-feira (1º).
Um ano depois de bater recorde com a menor taxa de desemprego em 15 anos, a Região Metropolitana do Recife teve alta no volume de pessoas desempregadas.
Dados do Dieese divulgados ontem mostram que junho registrou 12,5%, contra 10,9% do mesmo mês de 2012.
Por outro lado, o resultado do semestre mostra que há mais pessoas com carteira assinada.
As taxas de desemprego de 2013 foram todas mais altas que seus respectivos meses em 2012, embora apresentem tendência de queda este ano - mantendo um movimento que se repete anualmente, com destaque para março e declínio até junho.
Para o coordenador da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) do Dieese em Pernambuco, Jairo Santiago, o ano passado foi atípico. “Com as evoluções que temos acompanhado desde 2004, tivemos um pico de ocupação em 2012, resultando nas menores taxas de desemprego da série histórica”, comenta o analista.
Segundo ele, esse é o principal fator do aumento do percentual.
Já em relação à média das nove regiões metropolitanas pesquisadas em junho, que foi de 10,9%, Santiago analisa que Pernambuco tem uma dinâmica própria, uma vez que projetos como o Complexo Portuário de Suape diferencia o Estado dos demais. “Não acredito que seja uma desaceleração, porque precisaria de mais elementos para analisar, mas posso dizer que perdemos o fôlego”, avalia Santiago, “embora os resultados daRMR sejam aceitáveis”.
Outros números ilustram o contraponto.
De um lado, o contingente de desempregados aumentou em 31 mil pessoas no primeiro semestre deste ano.
Porém, no mesmo período, o número de pessoas ocupadas foi de 1,59 milhão - 11 mil a mais do que entre janeiro e junho de 2012, e 36 mil trabalhadores assalariados (que estavam fora do mercado ou não eram formalizados) tiveram a carteira assinada - crescimento de 5,1%.
Leia mais no Jornal do Commercio desta quinta.