A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) realiza nesta quinta (1º) e sexta-feira (2) um colóquio para discutir as implicações ambientais dos processos produtivos e as soluções disponíveis para minimizar seus possíveis impactos.
Sete especialistas em tecnologias limpas irão conhecer a fábrica da estatal, que está sendo erguida no município de Goiana, Zona da Mata Norte pernambucana, e, a partir dessa visita técnica, poderão identificar e sugerir as melhores práticas a serem adotadas pela empresa.
Com investimento de R$ 670 milhões, a fábrica deve acabar com a dependência de importações de hemoderivados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que custa cerca de R$ 1 bilhão por ano.
A previsão é de que os primeiros medicamentos comecem a ser produzidos em 2014. “O processo de construção e operação da fábrica da Hemobrás dentro de uma perspectiva de sustentabilidade oferece uma série de grandes desafios, impostos tanto pela sociogeografia de Goiana, na Mata Norte pernambucana, quanto pelos processos de produção.
Assim, é importante e necessário discutir esses desafios com especialistas, para que sejamos capazes de adotar as melhores estratégias para a nossa realidade”, comentou a gerente de Gabinete do Recife, Danusa Benjamim.
Entre os especialistas, fazem parte do grupo os engenheiros e professores Asher Kiperstok e Romildo Dias Toledo Filho.
Asher é coordenador da Rede de Tecnologias Limpas da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e trabalha em parceria com empresas e instituições públicas no sentido de implementar os conceitos de Prevenção da Poluição e de Produção Mais Limpa.
Já Romildo é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e possui larga experiência na área civil, com ênfase em concreto.