O prefeito Geraldo Julio (PSB) disse que os problemas históricos de gestão da Prefeitura do Recife (PCR) são um dos maiores desafios da administração atual. “A cidade tem problemas históricos como habitação e esgotamento sanitário e problemas recentes como mobilidade”, disse o prefeito. “No setor público tem um desafio maior porque há um modelo de gestão atrasado”, afirmou.
As declarações foram feitas durante o 8º CEO Fórum Recife, evento promovido pela Câmara Americana de Comércio no Brasil (Amcham), na manhã desta quarta-feira (31).
O socialista foi o responsável pela abertura do Fórum.
Leia também: André Regis diz na CBN que Geraldo Julio recebeu uma cidade inviabilizada pelos 12 anos do PT Para os empresários, o prefeito afirmou que a PCR é hoje uma das maiores empresas do Estado, com uma receita pública de R$ 3 bilhões e um contingente de 30 mil trabalhadores. “A gente tem centenas de linhas de produção que precisam ser entregues todos os dias”, explicou.
Para Geraldo, isso obriga a prefeitura a buscar uma gestão moderna, que seja focada em resultados. “Avançamos muito nestes sete meses e vamos avançar muito na gestão pública com a implantação do gerenciamento de projetos e com o acompanhamento personalizado”, defendeu.
De acordo com o gestor, o Recife precisa adotar uma visão estratégica global se quiser fazer crescer a sua economia.
Ele utilizou as novas indústrias instaladas em Pernambuco como exemplo para exemplificar a visão que precisa ser implantada na gestão pública.
Segundo o prefeito, essas empresas trazem impactos e oportunidades para o Recife. “A vocação histórica da nossa cidade é ser o centro comercial do Norte e Nordeste”, defendeu.
Além disso, Geraldo acredita que é preciso investir na venda de serviços e citou como exemplo o pólo tecnológico do Recife e disse que a cidade precisa investir na venda de inteligência.
Educação O setor de Educação da Prefeitura também foi utilizado por Geraldo Julio para explicar o desafio de mudar a gestão pública da prefeitura.
De acordo com as informações do gestor, a rede conta com um contingente de 91 mil alunos, seis mil professores e 220 estabelecimentos de ensino.
Apesar da enorme estrutura, o prefeito disse que há uma dificuldade real em obter um diagnóstico da situação da rede.
A único indicador que existe hoje é a Prova Brasil, realizada pelo governo federal a cada dois anos. “A gente espera dois anos para saber como anda a educação na cidade do Recife”, disse.
No último levantamento, o Recife ficou em último lugar dentre as capitais do Nordeste. “O que nós queremos foi mostrar a falta de métricas, a falta de uma gestão com resultados, a falta de uma gestão que possa ser medida, acompanhada e avaliada permanentemente numa rede de quase 100 mil alunos”, explicou.
Para ele, a ação da prefeitura está defesada em vários aspectos. “No ano de 2013, no século XXI, como é que uma gestão começa tirando lixo das ruas?”, questionou. “A gente precisa ter medida de tudo.
Ter indicador que meça essas coisas e ajude o gestor a ir corrigindo os erros no dia-a-dia”, defendeu.