Nesta qurat-feira, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse que a Prefeitura está abrindo as planilhas do transporte público. “Temos uma equação para fechar. É um setor difícil de gerenciar.
O bilhete único da Marta praticamente acabou com a caixa preta dos transportes.
Precisamos ter segurança com relação às despesas”, disse.
Haddad criticou o que chamou de “oligopólio” na produção de veículos para transporte coletivo.
Segundo ele, o número limitado de fabricantes e uma suposta barreira à entrada de novos no mercado prejudicam o transporte da cidade.
Apesar de não falar qual será a taxa de retorno nas novas concessões para empresas de ônibus, Haddad afirmou que “ninguém hoje considera uma taxa muito superior a 10% cabível.” Para o prefeito, o momento atual é de “transição” na área de transportes na cidade de São Paulo.
Para ele, a qualidade do serviço e o preço estão associados. “Uma razão de a tarifa ser cara é o transporte ruim.
Se eu dobro a velocidade média dos ônibus, isso significa que vão passar mais ônibus pelos pontos e o serviço melhora e o custo deve cair.
A questão do preço e qualidade do transporte público são indissociáveis.
Não há caminho a não ser priorizar o transporte público”, disse.
Sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada na Câmara para investigar o transporte na cidade, Haddad disse que não cabe ao Executivo falar sobre o assunto. “Não cabe ao prefeito ficar dizendo se convém ou não convém instalar uma CPI.
Se acharem algo, vai auxiliar a cidade a achar uma solução.
Se a sociedade continuar com dúvida, não vamos avançar.
Não teremos legitimidade de assinar um contrato de longo prazo”, afirmou.