Do Jornal do Commercio desta terça-feira (30).

BRASÍLIA - Em 20 anos, o Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios brasileiros (IDHM) avançou 47,5%.

De um País dominado por municípios que não conseguiam nem mesmo alcançar um desenvolvimentomédio - mais de 80% eram classificados,em 1991, como muito baixo - o Brasil chegou a um terço considerados altamente desenvolvidos.

As boas notícias, no entanto, poderiam ter sido melhores se o País tivesse começado a resolver antes o seu maior gargalo, a Educação.

Dos três índices que compõe o IDHM, éesse que puxa a maior parte dos municípios para baixo.

Apesar de um avanço de 128%, O IDHM de educação continua sendo apenas médio.

O avanço é inegável.

O mapa da evolução dos IDHMs mostra que, em 1991, quando o índice foi publicado pela primeira vez, o Brasil não apenas tinha um perfil muito ruim, era também extremamente desigual, com as poucas cidades mais desenvolvidas concentradas totalmente no sul e sudeste.

Os dados deste ano mostram que os mais pobres conseguiram avançar mais.

Estão nas regiões Norte e Nordeste as cidades que tiveram o maior crescimento do IDH - como Mateiros (TO), que alcançou 0,607, um IDH médio mas 0,326 pontos maior do que há 20 anos.

Assim mesmo, nenhum município das duas regiões figura na lista das 50 cidades com maior IDHM do País.

A primeira do Nordeste no ranking é o arquipélago de Fernando de Noronha, que aparece na 76ª colocação.

O Recife é a capital mais bem avaliada na região, com índice de 0,772, considerado alto.

Mesmo assim, só aparece na 210ª colocação.

As outras cidades pernambucanas mais bem colocadas são: Olinda (897ª), Paulista (965ª) e Jaboatão dos Guararapes (1398ª). É na Educação que as disparidades mostram sua força.

Apenas cinco cidades alcançaram um IDHM acima de 0,800, muito alto, em Educação.

Nenhum Estado chegou lá.

Os melhores, Distrito Federal e São Paulo, foram classificados como Alto IDHM.

Pernambuco alcançou índice de 0,574, considerado baixo.

Mais de 90% dos munícipios do Nordeste e Norte temíndices baixos ou muito baixos, enquanto no Sul e Sudeste mais da metade tem números nas faixas média e alta.

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