Por Eliane Catanhede O IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) confirma que o Brasil, mesmo que aos trancos e barrancos, vai no bom caminho.

E que, apesar das críticas e da guerra cruenta entre PSDB e PT, foi sob o comando do sociólogo Fernando Henrique Cardoso e do grande líder de massas Luiz Inácio Lula da Silva que o país efetivamente deu seu grande salto.

A pesquisa mostra que o IDH do Brasil melhorou 47,5% em duas décadas e saiu de “muito baixo” para “alto”.

Em 1991, 85,8% dos municípios brasileiros tinham um IDH “muito baixo”.

Em 2010, era apenas 0,6%.

O maior salto é no Norte/Nordeste, mas o Sul/Sudeste continua na dianteira.

O DF fica em primeiro lugar, mas, como é “hors-concours” por ser muito peculiar, cede lugar a São Paulo, ou seja, à “locomotiva” do Brasil.

De onde, aliás, o carioca Fernando Henrique e o pernambucano Lula saíram para o Planalto e para mudar a cara do país.

Um porque combateu a inflação, elevou o patamar internacional do país, botou a casa em ordem na economia e deu o “start” em programas sociais cruciais.

O outro porque manteve uma política macroeconômica saudável e transformou o grande momento mundial em oportunidade para uma inclusão social histórica.

Caminhando ao lado dos dois regimes –um continuação do outro–, estávamos a população em geral, a academia, a indústria, o agronegócio e a imprensa independente cobrando, provocando, apontando erros e exigindo sempre mais.

Assim se constrói um país melhor.

Assim se consolida a cidadania.

E daí 1 milhão de pessoas vão às ruas botando o dedo nas feridas e na cara dos governantes de todos os níveis.

Há muito ainda a fazer, principalmente na educação.

O último lugar em desenvolvimento humano foi Melgaço (PA), onde metade da população não sabe ler nem escrever.

Enquanto houver “Melgaços” no Brasil, gritemos.

Oba-oba os governantes já fazem à exaustão.