Foto: Clemílson Campos/JC Imagem O reconhecimento que o Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco - Governador Miguel Arraes (Lafepe) vai receber da revista Exame lavou a alma do presidente da empresa, Luciano Vasquez. “Não existe crise aqui.

Vencemos o pessimismo de uma minoria que anunciava uma falsa crise”, disse Vasquez.

Leia também: Revista Exame vai destacar desempenho do Lafepe A “crise” a que ele se refere teve o ápice em março deste ano quando um grupo de deputados estaduais que faz oposição ao governo do Estado foi barrada na portaria do Laboratório no dia 14.

A comitiva era composta pelos deputados Daniel Coelho (PSDB), Terezinha Nunes (PSDB), Betinho Gomes (PSDB) e Severino Ramos (PMN).

O grupo faria uma das blitze da oposição, que fiscaliza as ações do executivo. À época, o Lafepe justificou a restrição dizendo que era preciso agendar as visitas, por causa de questões sanitárias.

Em resposta, os deputados alegaram que não puderam entrar sequer na área administrativa do laboratório, e lembrou que parlamentares têm acesso a prédios públicos.

O caso acabou em bate-boca na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e a OAB-PE chegou a classificar a atitude do Lafepe como “uma afronta ao Estado de Direito”.

Leia também: Barrada no Lafepe, oposição denuncia falta de medicamentos e de produção no laboratório Presidente nega que impediu oposição de entrar no Lafepe e critica Daniel Veja a resposta do presidente do Lafepe às críticas da OAB A polêmica de março envolvendo o Lafepe e a oposição estadual não era inédita.

Desde agosto de 2012, a oposição levanta críticas de desabastecimento na instituição.

Em novembro, o líder da bancada, Daniel Coelho (PSDB), fez cobranças mais duras no Plenário da Alepe.

Foi aí que surgiu a discussão sobre a “crise”.

No discurso, Daniel disse que faltam diversos medicamentos nas unidades de venda do laboratório.

Lembrou também que duas fábricas do laboratório construídas há anos - uma para remédios de tuberculose e outra de medicamentos injetáveis - estavam paradas.

O investimento nas unidades, feito em parceria com o governo federal, seria da ordem de R$ 4 milhões.

Leia também: Daniel volta a cobrar do governo.

Desta vez, denuncia falta de medicamento no Lafepe Lafepe reage às denúncias de Daniel e coloca culpa por falta de medicamentos na greve dos servidores da Anvisa Daniel Coelho aponta discurso desleal do Lafepe e pede audiência pública Após denúncias, Lafepe diz que atuação de Daniel está sedimentada em equívocos políticos Dias depois, o Lafepe divulgou uma nota dizendo que a atitude era “inconsequente” e o objetivo de Daniel era “ocupar espaço na mídia”.

O texto dizia ainda que “sua atuação política, embora precoce, está sedimentada em equívocos políticos e partidários”.

Foto: Rodrigo Lôbo/JC Imagem Exame O destaque positivo na mídia que o Lafepe vai ganhar virá com a divulgação da edição especial de 40 anos das 1000 Melhores & Maiores Empresas do Brasil, da Revista Exame.

Dentre os números positivos que a revista trará, o principal é a notícia de que o Laboratório pernambucano é a empresa farmacêutica que mais cresceu no quesito de vendas líquidas no Brasil.

O aumento foi de 110,2%.

Tendo a segunda colocada, a paranaense Prati-Donaduzzis crescido 15,1%.

Além disso, a empresa pernambucana será a única estatal a entrar na lista das 13 maiores do setor, em nono lugar.

A revista também coloca o Lafepe como a quarta farmacêutica no quesito “retorno do investimento obtido no ano”.

A receita líquida do laboratório foi da ordem de R$ 222 milhões de dólares.

Mais especificamente em Pernambuco, o Lafepe será apontado como a quarta empresa a ter o maior aumento de vendas em 2012.

Fica atrás apenas de companhias como a Epesa, a Galp Energia e o Estaleiro Atlântico Sul.

No Nordeste, ela é a única empresa farmacêutica a integrar a lista das 100 maiores. “Isso comprova o que falamos durante toda a nossa gestão.

Que a direção do Lafepe estava determinada para obtenção do reequilíbrio financeiro da empresa”, diz Vasquez.