O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco e deputado federal Jorge Corte Real demonstrou irritação com o veto que a presidente Dilma deu ao fim da multa de 10% no FGTS, decidido pela Câmara dos Deputados, antes de iniciar o recesso dos trabalhos.
Como parlamentar, Jorge Corte Real trabalhou nas articulações para derrubar a taxação, imposta pelo governo Federal para ajudar a pagar planos econômicos do passado. ”É um absurdo.
Justamente nesta hora em que se precisa muito de investimentos (produtivos) para a retomada do desenvolvimento.
A medida é profundamente prejudicial à indústria”, observou. “Também achei desrespeitoso com o Congresso.
Nós achávamos que tínhamos um parceiro, mas com esse veto o governo dá sinais de que não quer criar condições para a retomada do desenvolvimento. É um governo mentiroso, pois se sabe que essa verba é usada para o ajuste fiscal, está sendo usada para ajudar a criar superávit primário desde 2006”, afirmou, contrapondo-se à justificativa oficial, que dá conta de financiamento de projetos sociais. “Depois de todos esses anos, já foi juntado muito mais do que era suficiente (para pagar a correção de perdas com planos econômicos antigos para os trabalhadores).
Essa medida aliviaria o custo do emprego, alto no Brasil.
Seria uma forma de ajudar a induzir a geração de empregos”, pontuou.
Jorge Corte Real diz que é cedo para saber, mas acredita que a tendência é de que a medida seja derrubada pelos parlamentares. “É uma questão de coerência”, afirmou.