Foto: Antônio Cruz/ABr Do Jornal do Commercio desta quinta-feira (25).
BRASÍLIA – Bombardeado com críticas sobre o programa Mais Médicos, o governo já admite rever sua decisão de ampliar o curso de medicina com os dois anos extras de serviços prestados no SUS (Sistema Único de Saúde).
Uma das propostas foi transformá-los em residência.
Lançado há 16 dias pela presidente Dilma Rousseff via medida provisória, o Mais Médicos tem dois eixos: fixar médicos brasileiros e estrangeiros em regiões carentes desses profissionais, e ampliar o curso de medicina com dois anos de trabalho na rede pública de saúde.
A proposta conquistou a resistência de médicos, parlamentares e faculdades de medicina públicas e privadas.
Após reunião com o Conselho Nacional de Educação (CNE), os ministros Alexandre Padilha (Saúde) e Aloizio Mercadante (Educação) falaram sobre soluções alternativas que serão estudadas. “Você teria dois anos adicionais, obrigatoriamente para todos os estudantes de medicina, como residência médica e iniciaria seu desenvolvimento - porque algumas têm mais de dois anos - no âmbito do SUS.
Em vez de serem dois anos a mais de graduação, a recomendação da comissão de especialistas do MEC é que fossem dois anos de residência médica”, disse Mercadante.
Segundo o ministro, a ideia dos especialistas é manter a graduação com os seis anos atuais e tornar obrigatório o início da residência médica - na área de especialidade escolhida pelo formado - logo após a conclusão dos seis anos de graduação.
Hoje não há vagas de residência para todos os formados, e a residência médica é optativa.
Outra possibilidade é ampliar o contato do aluno de medicina com a rede básica de saúde do SUS ainda nos primeiros seis anos de graduação. “As escolas médicas já nos apresentaram propostas de mudança dentro dos seis anos do curso de medicina, ampliar o internato (última fase da graduação atual de medicina).
A USP, por exemplo, está com um processo para ampliar para 3 anos seu internato”, disse Padilha.
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