Foto: Diego Nigro/JC Imagem Por Marcela Balbino Do JC Online Inovar e criar parcerias com o setor empresarial foram apontados pelo ministro Marco Antônio Raupp, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), como os desafios necessários para disseminar e desburocratizar a ciência no País.

Nesta quinta-feira, na conferência de abertura da 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Raupp defendeu o investimento em ciência e tecnologia como política de governo e destacou, durante discurso, ser fundamental que as empresas também façam parte do investimento.

Para exemplificar uma união bem-sucedida entre universidade e empresariado, ele citou as atividades desenvolvidas no Porto Digital, que agrega estudantes, professores e pesquisadores para criar soluções tecnológicas para empresas dos mais diversos segmentos.

Nesta terça, o ministro apresenta aos empresários do Estado o Plano Inova Empresa, iniciativa que vai destinar R$ 32,9 bilhões para projetos empresariais na área de pesquisa, desenvolvimento e inovação.

O encontro será na Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe).

Na ocasião, Raupp vai conversar sobre a atuação da Empresa Brasileira de Pesquisa Industrial e Inovação (Embrapii).

Recém-criada por portaria entre ministérios, a Embrapii ainda está em fase de estruturação. “O objetivo é que ela faça para a tecnologia industrial o que a Embrapa faz para a agropecuária.

Ela será parceira nos riscos do programa de inovação das empresas.

Ela não vai ter infraestrutura sob o comando direto dela, mas vai contratar, qualificar, credenciar laboratórios de universidades e institutos de pesquisa para promover a parceria deles com empresas”, esclarece o ministro.

Alcântara Os problemas de financiamento na base de lançamento de foguetes, na cidade de Alcântara, no Maranhão, foram resolvidos, segundo o ministro Raupp.

Os recursos para a construção e utilização comercial do centro de lançamento estão divididos entre os governos brasileiro e ucraniano. “O caminho está desimpedido para que a gente execute o trabalho.

Isso está totalmente sob a responsabilidade da ACS (Alcântara Cyclone Space), empresa binacional brasileira e ucraniana montada para realizar experimentos a partir da base de Alcântara.

De acordo com o ministro, o impasse com as comunidades quilombolas, que habitam a região, também está equacionado. “Fomos a todas as agrovilas conversar com os quilombolas da redondeza e buscar aproximação com as comunidades de Alcântara”, diz.

Em agosto de 2003, pelo menos 21 pessoas morreram com a explosão de um foguete que levaria um satélite ao espaço e seria lançado da Base de Alcântara, no Maranhão.

Era a terceira tentativa do Brasil para se tornar o primeiro país latino-americano a lançar um foguete ao espaço.