Do JC Online A Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara realiza, nesta quarta-feira (24), às 19h, uma sessão pública no Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco para discutir o cumprimento da sentença que condenou o Brasil, na Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), sobre o desaparecimento forçado de 70 guerrilheiros no caso conhecido por “Guerilha do Araguaia”, com destaque para os pernambucanos Miguel Pereira dos Santos (Cazuza) e Antonio Ferreira Pinto (Antonio Alfaiate).
O evento contará com a participação da diretora do Programa do Centro pela Justiça e o Direito Internacional (CEJIL) no Brasil, Beatriz Affonso, e Gilles Gomes, coordenador geral da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Em discussão De acordo com Manoel Moraes, a frente das duas relatorias, o momento é importante.
Trata-se da primeira sessão para coleta de informações sobre pernambucanos mortos ou desaparecidos na região amazônica brasileira do Araguaia. “As participações de Beatriz Affonso, como representante do CEJIL e Gilles Gomes são essenciais para preencher as lacunas históricas que ainda existem nesse período e, especialmente, no que diz respeito à Guerrilha”, explica Moraes. “A militância de Cazuza e Alfaiate está inserida na relatoria do PCdoB.
A história de resistência à ditadura civil-militar e as consequências deste envolvimento transformaram-se em uma das denúncias que levou o Brasil a responder perante à CIDH pelo desaparecimento dos corpos dos guerrilheiros do Araguaia”, atenta Manoel Moraes.