Foto: Clemilson Campos/JC Imagem Por Bruna Serra Do JC Online Se aproximando o prazo final para inscrição das chapas que irão concorrer à presidência estadual do PT em todo País – 12 de agosto –, se intensificam, esta semana, as reuniões que devem escolher os candidatos de cada corrente do partido para o Processo de Eleição Direta (PED), que ocorre em novembro.
Os principais atores políticos da legenda em Pernambuco irão realizar reuniões.
Hoje, o ex-prefeito do Recife, João da Costa, realiza um almoço – cujo local está sendo mantido em reserva – com alguns dos principais apoiadores de sua campanha durante a prévia partidária, em maio de 2012, à exemplo dos deputados estaduais Teresa Leitão e André Campos e o presidente do PT Recife, Oscar Barreto.
A intenção é selar um candidato oficial do grupo às prévias, que pode, inclusive, ser o próprio ex-prefeito João da Costa, embora ele não demonstre animação para ir à disputa.
Já o grupo comandando pelo senador Humberto Costa e pelo deputado federal João Paulo está começando a encontrar consenso em torno do nome do ex-presidente Dilson Peixoto, que resiste em assumir a missão, devido ao seu alto desgaste durante o processo de prévia e a grande divisão interna que o partido amarga desde que deixou a prefeitura do Recife, com a derrota de Humberto para o prefeito Geraldo Julio (PSB), na eleição passada.
O nome de Dilson começou a ganhar corpo depois que o advogado Cláudio Ferreira desistiu de participar do processo, alegando falta de unidade.
O único consenso hoje no partido é que o presidente ideal não deve ser detentor de mandato eletivo.
Ainda que o PT tenha ampliado o número de prefeituras no Estado – saiu de 8 para 13 – durante a disputa do ano passado, é ponto comum entre os petistas que a assistência às cidades do interior foi prejudicada porque o presidente Pedro Eugênio resolveu disputar a Prefeitura de Ipojuca e não teve tempo para se dedicar as necessidades dos correligionários.
A avaliação é de que o diretório estadual deu pouca assistência aos candidatos e, por isso, Pedro Eugênio não se colocou para a reeleição.
O fato é que não existe consenso na legenda e que o escolhido de cada grupo deve surgir no apagar das luzes da inscrição.
Nos bastidores fala-se até em uma conversa com os integrantes do diretório nacional para tentar buscar um processo menos desgastante para imagem do partido, já extremamente abalada pelas prévias de maio passado.