Foto: reprodução da Internet O vereador do Recife Raul Jungmann (PPS) negou que a negociação do PPS com o PMN para a fusão dos dois partidos na criação do partido Mobilização Democrática (MD) passe pela entrega do comando do Diretório Estadual em Pernambuco.
Uma nota da coluna de Cláudio Humberto, no Jornal do Commercio desta segunda-feira (22), aponta Jungmann como integrante de uma comissão escolhida pelo PPS para convencer o PMN a continuar com a fusão.
O acordo envolveria a entrega da presidência do novo partido no Estado ao PMN.
Leia também: PPS quer que PMN volte atrás e retome Mobilização Democrática O vereador confirmou, porém, que o PPS compõs uma comissão integrada por ele e pelos deputados federais Carmen Zanotto (SC) e Arnaldo Jordy (PA) para dialogar com o potencial parceiro.
O PMN tem reunião da executiva marcada para o domingo (28), onde deve decidir pela desistência da fusão.
De acordo com o vereador, os deputados já procuraram o PMN.
Eles querem convencer os futuros companheiros a adiarem a convenção do dia 28 em 15 dias.
O adiamento permitiria que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) respondesse a um questionamento da sigla, que perguntou se, no entendimento do Tribunal, a fusão constitui a formação de um novo partido.
Caso seja assim, a lei eleitoral abriria uma brecha para a entrada de políticos, sem ameaçar seus mandatos.
Conforme explicou Jungmann, o problema é que o PMN queria uma fusão imediata.
Já o PPS prefere esperar o resultado da consulta ao TSE.
O presidente do PPS, Roberto Freire, já declarou que o partido estaria disponível para uma possível filiação de José Serra (PSDB), ex-governador de São Paulo, para que ele dispute novamente uma eleição presidencial.
Leia também: Fusão de PPS e PMN é cancelada por “diferenças” Serra tenta viabilizar nova candidatura ao Planalto Surpresa Já a presidente do PPS em Pernambuco, Débora Albuquerque, disse ao Blog ter sido “tomada de surpresa” ao ler o jornal na manhã desta segunda. “Em nenhum momento me foi passado isso”, afirmou.
Para Débora, a divisão de comando é motivo de “grandes atritos” dentro das duas legendas.
Em abril, quando a fusão foi anunciada, a Executiva do PPS em Pernambuco descobriu que havia uma negociação para divisão de comando da nova legenda nos Estados.
As cotas foram decididas pela executiva nacional dos dois partidos, sem dialogar com as bases.
Em Pernambuco, Freire havia aberto mão da presidência do MD para o PMN.
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