Nota na coluna de Cláudio Humberto do Jornal do Commercio desta sexta-feira (19).
O efeito político da visita do Papa O governo Dilma disfarça, mas não está preocupado só com a segurança do papa Francisco no Rio: a coluna apurou que é grande o temor com a “agenda independente” do chefe da Igreja e do Vaticano, um estado soberano, que não admite mudar as regras para evitar protestos populares na primeira visita do papa ao exterior.
O governo teme o efeito Woytila, quando João Paulo II visitou a Polônia e apoiou o sindicato Solidariedade, desencadeando o fim do comunismo.
Vaya com Dios A decisão do Vaticano de manter no Palácio da Guanabara encontro de Dilma com o papa e o governador Sérgio Cabral emparedou o governo.
Imprevisível Os pronunciamentos de Francisco, conhecido pela simplicidade e pelos improvisos no estilo “bateu, levou”, também preocupam governo Dilma.
Questão interna O Vaticano quer evitar que a visita papalsinalize apoio à insatisfação popular com o governo Dilma, mas admite ser isso “assunto do Brasil”.