Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR Do Mundobit Em seu segundo ano, a edição pernambucana da Campus Party já firmou sua personalidade.

Foi o que disse Bruno Souza, diretor do Instituto Campus Party durante a abertura do evento nesta quarta (17), no Chevrolet Hall. “Aprendemos muito com a CPRecife, como fazer uma edição mais empreendedora e sofisticada”, disse.

Até domingo serão diversas atividades que envolvem criação e fomento de novos negócios voltados para tecnologia da informação. “Espero que nesses cinco dias vocês possam criar e compartilhar ideias que melhorem a vida das pessoas no mundo”, disse Paco Ragaleles, o espanhol que fundou a Campus.

A abertura também foi marcada pela abertura de dados da prefeitura do Recife, que lançou na Campus um concurso para escolher o melhor aplicativo ou solução que use as informações disponibilizadas.

Será feito uma maratona hacker durante a festa.

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos disse que iniciativas como essa ajudarão a aproximar o “Brasil real do Brasil oficial”. “Esses cérebros que estão aqui tem muito a emprestar para a sociedade”.

Depois de ser vaiado ao subir no palco, o prefeito da cidade, Geraldo Júlio se adiantou em confirmar uma nova edição da Campus Party para o ano que vem.

Mais cedo, dois dos palestrantes “magistrais”, que falarão no palco principal do evento, Ean Schuessler e Martin Hollis participaram da abertura com um bate-papo informal com a plateia.

O inglês Hollis respondeu perguntas de estudantes de computação e falou sobre sua carreira na indústria de games.

Ele é o criador do clássico GoldenEye, que influenciou toda uma geração de jogadores e artistas do setor. “O mundo hoje tem muito mais possibilidades para os criadores.

Você pode criar um jogo sozinho que faça mais sucesso que o último lançamento da Activision (N.E.: Produtora do sucesso “Call Of Duty”).

Já o americano Schuessler é um dos nomes mais importantes no movimento que pede mais transparência dos governos.

Foi ele quem ajudou a criar as bases do Open Source e formulou o Civic Hacking, que incentiva cidadãos a usarem dados disponibilizados pelo poder público para criar soluções que melhorem a vida das pessoas.

Sua presença possui um link com a campanha que a Prefeitura do Recife faz na Campus para que desenvolvedores usem seus dados abertos para criação de apps.

Durante a conversa com o público os dois palestrantes foram cautelosos quando o assunto Edward Snowden veio a tona. “É uma situação complicada”, disse Schuessler.

O evento foi oficialmente aberto com a dupla do blog Jovem Nerd, Alexandre Ottoni e Deive Pazos, ídolos absolutos dos campuseiros.

O evento vai até domingo e deve receber mais de 2 mil pessoas, sendo 800 acampadas no Centro de Convenções, uma área ao lado da Arena onde acontecem os debates.

A estrutura é praticamente idêntica ao do ano passado.

As primeiras impressões dos campuseiros foram boas, sobretudo com a internet banda larga de 10Gpbs, que no ano passado chegou a ficar fora do ar.