Do Jornal do Commercio desta quinta-feira (18).
BRASÍLIA - Pouco mais de uma semana após o lançamento, no último dia 8, o número de inscritos no programa Mais Médicos do governo federal, que pretende levar profissionais para cidades do interior do País, já tinha superado ontem o número de vagas oferecidas, que é de 10,4 mil, chegando a 11,7 mil candidatos.
O programa enfrenta enorme resistência da classe médica, contrária especialmente à contratação de estrangeiros.
Porém, menos de 8% dos médicos inscritos até ontem são estrangeiros.
Dos 11.701 inscritos, apenas 915 são de fora.
O número de inscritos acima do esperado pelo Ministério da Saúde levou o ministro Alexandre Padilha a determinar que a ouvidoria do órgão telefone a todos os candidatos que já têm algum outro tipo de vínculo empregatício para checar a veracidade do interesse pelo programa.
Segundo Padilha, a suspeita surgiu há uma semana, quando o ministério começou a receber denúncias de que médicos estariam se organizando pelas redes sociais para fazer inscrições mesmo sem interesse e depois desistirem do posto, apenas para perturbar o processo.
A estratégia dos médicos seria atrasar a “importação” de estrangeiros.
O Conselho Federal de Medicina (CFM), por meio da sua assessoria, afirmou desconhecer qualquer movimentação contra o Mais Médicos.
Afirmou ainda que não partiu do CFM nenhum comando para que inscrições fossem feitas em massa para posterior descredenciamento.
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