Foto: Alexandre Auler/JC Imagem Do Jornal do Commercio desta quarta-feira (17).
A melhora no nível de emprego do Recife aliada à inflação fez diminuir o número de famílias endividadas.
Se por um lado o emprego ajudou mais pessoas a pagar seus compromissos, a inflação - que começou a sair do controle no ano passado - fez com que menos gente se arriscasse a se endividar.
Por outro lado, as famílias que permaneceram endividadas, aumentaram o valor desse débito.
No ano passado, 67% das famílias no Recife estavam com 29% de seu rendimento pendurado, num total de 147 mil grupos familiares.
Toda essa gente devia na praça algo em torno de R$ 694 milhões, com uma média de endividamento de R$ 2.174 (ante R$ 2.028 em 2011), o maior valor de débito entre as famílias das capitais no Nordeste.
Os dados são da pesquisa Radiografia do Endividamento das Famílias Brasileiras, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Para o economista da instituição, Guilherme Dietze, a diminuição no número de pessoas endividadas, mas com débitos maiores se explica pelo comportamento do consumidor, que passou a tentar diminuir seus débitos. “Esse contingente que ficou mais endividado contraiu mais despesas para pagar uma antiga mais cara.
Ou seja, contraiu uma mais barata para pagar outra. É reposição de dívida.
Não houve expansão do consumo.
Em termos reais ficou zero a zero.
Expandiu-se o crédito e não o consumo da mesma maneira”,comentou.
Leia mais no Jornal do Commercio desta quarta.