Foto: Edmar Melo/JC Imagem Do JC Online A falta de infraestrutura está interferindo nas vendas de vários artesãos que estão participando da XIV Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), que vai até domingo (14) no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda.

Segundo os próprios comerciantes, o problema afeta mais os estandes localizados na segunda metade da feira, como nas ruas 21, 22 e 23, entre outras. “Nos dois primeiros dias, a máquina do cartão de crédito e débito não funcionou e estimo um prejuízo de R$ 600.

Ontem (quinta-feira, 11), foi a mesma coisa.

Quando o equipamento funcionou, apresentou falhas durante o horário da feira”, lamenta a artista plástica Patrícia Moura, que está com um estande na Rua 23.

Ela conta que deixou de estar no estande vendendo a sua produção porque tentou resolver o problema indo ao Procon, a coordenação da Fenearte e ao representante da operadora do cartão. “Lá, me informaram que o Centro de Convenções não tem uma antena para receber melhor o serviço da operadora”, lamenta.

Patrícia faz biojoias usando pedras e sementes.

A artesã Maria Ribeiro estima uma perda de vendas de aproximadamente R$ 1,5 mil pelo que deixou de vender devido ao problema com as máquinas que não conseguiram passar os cartões. “O equipamento só funcionou normalmente no primeiro dia da feira.

Depois, apresentou falhas constantemente.

O prejuízo só não foi maior, porque vendi fiado para alguns clientes que ficaram de depositar o dinheiro depois.

Muitos desistiram de comprar”, afirma.

Ela produz adereços, como tiaras e colares.

A artesã levou a máquina que usa na sua loja da Encruzilhada, que raramente deixou de passar uma operação. “Aqui, não funcionou”.

Isso fez a artista contratar uma máquina de outra operadora na Fenearte, que apresentou o mesmo problema.

Com um estande na Rua 23, a artesã Victoria Batista passa pelo mesmo problema. “A máquina começou a dar problema no segundo dia da feira (sexta-feira, 5) e continua alternando os horários de funcionamento com outros que fica sem sinal”, revela.

As máquinas portáteis que passam os cartões de crédito ou débito funcionam com um chip das operadoras de telefonia celular. “O problema não está na máquina, mas no sinal das operadoras que não funciona bem”, resume o coordenador da equipe da DDC Serviços na Fenearte, Cleberson Vieira.

A empresa opera pagamentos e serviços para as empresas Cielo e Redecard.

De acordo com Vieira, a companhia disponibilizou uma equipe de 12 pessoas para dar assistência técnica aos artesãos durante o evento.

Outros problemas de falta de infraestrutura também atingem os clientes que vão para a Fenearte.

Todos os corredores da feira têm umas fitas isolantes sobre o carpete vermelho indicando desníveis no chão. “Já vi uma senhora tropeçar numa dessas falhas”, diz Maria Ribeiro.

O outro problema é o engarrafamento que ocorre depois das 17 horas nos acessos a feira e a dificuldade de conseguir uma vaga de estacionamento.

Nos dias de semana, a feira está recebendo uma média de 23 mil pessoas.

O Centro de Convenções disponibiliza 1,3 mil vagas de estacionamento mais 500 são disponibilizadas na Fábrica Tacaruna.

A saída pela Estrada de Belém também estava lenta na quinta-feira (11) às 17 horas.

Das seis cancelas instaladas, somente três estavam sendo usadas pelos carros que estavam deixando a feira.

O coordenador da Fenearte Luciano Siqueira afirma que a empresa que presta o serviço se comprometeu a colocar todas as cancelas em funcionamento no horário de maior movimento.