Por Igor Gomes Do Jornal do Commercio deste domingo (14).
Centro de alguns dos principais motores da economia pernambucana, o Cabo de Santo Agostinho ainda tem potencial para ampliar em 41,8% a concentração de condomínios logísticos até 2015.
A estimativa é da Cushman & Wakefield, empresa especializada em serviços imobiliários, controlada pelo grupo Agnelli- o mesmo dono da marca Fiat. “Suape puxou tudo isso, principalmente pelo terminal de contêineres”, diz o gerente da empresa no Nordeste, Pedro Polleto.
Hoje, o Cabo possui, segundo a empresa, cerca de 500 mil metros quadrados (m²) de condomínios logísticos.
A Cushman tem um escritório no Recife.
Além de Suape, outros atrativos geram a enorme expansão da área: a BR 101, a PE 60, a Express Way (que chega à rotatória da Caninha 51), o Arco Metropolitano (que vai desafogar a BR 101 e ainda não tem previsão de conclusão). “Por esse motivo, a área será o novo núcleo rodoviário em se tratandode logística.
Faz todo sentido essa explosão em dois anos.
Um exemplo é a necessidade urgente de um segundo terminal de contêineres em Suape”, opina o diretor comercial da Cone S/A, Fernando Perez.
Ele diz que a região tem gás para crescer ainda por cerca de 20 anos.
O Cabo foi o vetor encontrado pelo mercado para desafogar a logística na Região Metropolitana.
Antes, a concentração se dava em Jaboatão dos Guararapes, na região da Muribeca.
Segundo a Cushman, Jaboatão tem hoje 346 mil m² de condomínios logísticos. “Hoje, essa região está estrangulada.
Além disso, concentra grandes galpões, o que não é mais privilegiado pelas empresas”, completa Perez.
Apesar de a Cushman acreditar que Goiana deva se tornar um grande centro logístico quando os polos automobilístico e farmacoquímico estiverem em pleno funcionamento, Fernando Perez pontua que é preciso proximidade com os grandes pontos de consumo.
Em Pernambuco, o maior é, notoriamente, a Região Metropolitana do Recife.
A maior parte do que entra no Estado vem, por terra, pelo sul ou pelo Porto de Suape. “Moreno pode desenvolver um centro logístico no futuro, quando o Cabo de Santo Agostinho estiver esgotado”, completa Perez.
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