Do Jornal do Commercio deste sábado (13).

BRASÍLIA - Se depender do deputado Salvador Zimbaldi(PDT-SP), a famosa família de comercial de margarina será institucionalizada na propaganda brasileira.

Relator na Comissão de Ciência, Tecnologia e Comunicação do projeto de lei que regulamenta a publicidade infantil, Zimbaldi incluiu um artigo exigindo que a unidade familiar representada nos comerciais seja a formada por pai, mãe e filhos.

O texto está para ser votado e depois irá para a Comissão de Constituição e Justiça em caráter terminativo.

Zilmbaldi, que nega ser homofóbico, diz que está apenas cumprindo os parâmetros ditados pela Constituição.

Pela sua interpretação, o parágrafo 3º do artigo 226 define unidade familiar como formada por um homem e uma mulher.

Na verdade, a Carta deixa claro, no parágrafo 4º do mesmo artigo, que uma entidade familiar também pode ser formada por “qualquer um dospais e seus descendentes”.

O parágrafocitado pelo deputadorefere-se apenas ao reconhecimento da união estável como unidade familiar. “Zimbaldi baseou esse artigo em uma interpretação equivocada da Constituição.

Está fazendo valer um preconceito dele e achou que ia passar despercebido”, disse o deputado Jean Willys (PSOL-RJ).

Zimbaldi diz que não vai mudar seu substitutivo. “Se alguém se sentir incomodado que apresente uma emenda supressiva.

Se a maioria quiser retirar eu vou respeitar a decisão, mas eu não vou retirar”, afirmou.

O deputado é ligado à renovação carismática da Igreja Católica.

Na sua página na internet, consta discurso com o título “Zimbaldi é contra a o casamento de pessoas do mesmo sexo”.