Do JC Online Os rodoviários que foram demitidos pela Empresa Borborema na última segunda-feira (8) voltaram ao trabalho nesta quarta (10).
Os profissionais iriam se reunir com representantes da empresa nesta manhã, mas a reunião foi antecipada para o fim da tarde de terça-feira (9).
Na ocasião, o Ministério do Trabalho determinou a volta imediata dos motoristas e cobradores ao serviço.
O representante da Central Única de Trabalhadores (CUT) que apoia a categoria disse que os profissionais foram chamados às pressas pelo Ministério na tarde de terça.
Eles se reuniram com a advogada da Borborema a partir das 17h, sob a orientação do mediador público Mário Cesar.
Após quase três horas de discussão, Cesar decidiu que as demissões deveriam ser canceladas.
Leia também: Demissões de rodoviários podem ser revistas Os profissionais que haviam sido desligados da empresa ainda receberam a garantia de que não teriam os dias parados descontados.
Depois de serem informados da demissão na segunda-feira, os 22 funcionários ficaram sem trabalhar por dois dias (segunda e terça).
Todos eles voltaram ao trabalho já nesta quarta.
Durante a reunião, a Borborema teve que explicar a demissão dos rodoviários.
A advogada da empresa alegou que quatro deles haviam sido demitidos porque estavam em período de experiência e não tinham sido aprovados.
Os demais haviam perdido seu emprego devido a condutas anteriores, consideradas inadequadas.
Além disso, a advogada alegou que o acordo feito no fim da greve não permitia que as demissões fossem realizadas entre os dias 1º e 5 de julho, mas o desligamento dos 22 profissionais foi feito apenas no dia 8.
Denúncia Os 22 profissionais desligados da Borborema na segunda-feira (8) comunicaram a demissão ao Ministério do Trabalho na terça-feira (9).
Eles se reuniram com o mediador Mário Cesar e questionaram a legalidade da medida.
Segundo o acordo feito entre patrões e empregados no último sábado (6) para pôr fim à greve, os rodoviários que aderiram à paralisação não poderiam ser demitidos, apenas aqueles que praticaram atos de vandalismo.
Mesmo assim, a Borborema demitiu 22 funcionários no primeiro dia útil após o fim do movimento paredista (segunda-feira - 8).
Depois de ouvir a denúncia dos rodoviários, o mediador do Ministério convocou um representante da Borborema para esclarecer as demissões.
A reunião foi marcada para as 9h30 desta quarta, mas foi antecipada para a tarde de treça.