Mais do mesmo: Gestão João da Costa - Geraldo Júlio completa mais seis meses de continuidade e desgoverno.
Por Wanderson Florêncio, vereador do Recife pelo PSDB, especial para o Blog de Jamildo As eleições municipais de 2012 geraram imensa expectativa aos cidadãos recifenses.
O desgoverno instalado na cidade pela falta de cuidados, planejamento e por uma gestão atrapalhada, trouxe à tona na disputa eleitoral argumentos e conceitos modernos de gestão, via monitoramentos, metas e tudo o mais.
Concluindo-se que o Recife vislumbraria um novo tempo de esperanças e com um olhar voltado para o futuro.
Foi assim, que o atual prefeito Geraldo Júlio conseguiu vender seu peixe.
Como um gestor diferenciado - embora completamente desconhecido da ampla maioria dos munícipes - tratou de afastar os argumentos de ter sido tirado do bolso ou sacado da cartola.
Para isso, eram-lhe reputadas referências no tocante as mais importantes obras do estado sob o slogan “Foi Geraldo quem fez!”.
Inicia-se 2013 com o Recife ansioso em melhorar, a população atenta e sedenta pelas transformações, o meio político benevolente pelo bem da cidade, porém, a cada dia, um pouco mais de desilusão é salpicada trazendo mais do mesmo.
Os seis primeiros meses dessa gestão trazem a angústia da desconfiança confirmada.
Estamos num repeteco midiático, de uma gestão atrapalhada e em ritmo quase fúnebre.
Argumentamos nesse sentido por razões explícitas!
Senão vejamos: Como conceder a falta de uma resposta imediata quanto ao tão conhecido e nefasto contrato do lixo?
O que dizer de um dito grande gestor, quando este não consegue sequer em seis meses licitar o fardamento escolar dos alunos da rede municipal?
Como aceitar o tanto de obras inacabadas e abandonadas sem a percepção de que ali se espera rapidez e solução?
Enfim, comprou-se gato por lebre!
Falando em gatos, nos assusta tamanha insensibilidade com a causa animal.
O lançamento da Seda (Secretaria Especial dos Direitos Animais) se mostra mais uma jogada de marketing, pois não se enxerga sequer as perspectivas de soluções dos mais simplórios problemas, seja por falta decisão política, pela escassez de investimentos ou, verdadeiramente, compromisso ao fim. É bem verdade que aos domingos a classe média ganhou uma opção de lazer pedalando pela cidade, porém, quantos se arriscariam a calçar os tênis e tirar a magrela da garagem no resto da semana?
E os milhares de recifenses que possuem na bicicleta seu meio de locomoção?
Para estes, restam-lhes à velha cidade retrógrada.
Se o mote do momento é ganhar 2013 no Recife estamos perdendo.
O que foi apresentado de novo para a juventude?
Passou-se Copa das Confederações, avizinha-se Copa do Mundo e não conhecemos nenhum projeto de inclusão social que se aproveite desse momento para através do esporte, da cultura ou do turismo transformar as vidas de uma leva de espectadores juvenis, carentes de oportunidades, mas reféns de um governo que continua a se igualar com seu antecessor sem brilho e enfadonho.
Sabemos que estamos tratando do mesmo grupo político no comando.
O PT e o PSB apenas se alternam na condução, mas não esperávamos tanta semelhança, até na hora de viajar nos mais difíceis dias de chuva.
Oh!
Seu Geraldo, não aprendeu a lição com João da Costa!
Mais uma lamentável marca conjugada por ambos, a insensibilidade social e a inabilidade em liderar, inerente dos burocratas.
Ainda quanto às chuvas, e falando muito sério.
Esperava-se o anúncio imediato dos pontos de riscos da nossa cidade e as respectivas intervenções para erradicar em definitivo a medonha rotina apresentada todos os anos.
A interlocução com a população mais carente da cidade, após seis meses, ainda não existe.
O Orçamento Participativo, ainda que figurativo na administração anterior, pois se votava e pouco se traduzia em feitos, ao menos escutava o clamor.
Por enquanto, ouvidos fechados!
Será que conseguiremos encontrar alguma diferença entre as sucessivas gestões esbarrando num viés elitista.
Não reclamamos por grandes obras, mas sim, por uma rede de saúde que funcione efetivamente, informatizada e respeitosa com os contribuintes.
Como esperar por novos empreendimentos na saúde quando o pouco que se tem não funciona corretamente ferindo especialmente a dignidade dos que mais precisam.
Não há mais espaço para faraós, menos projetos midiáticos e mais soluções para o cotidiano, essa é a lógica reivindicada.
Tínhamos a expectativa de estar falando de um novo Recife, de novos paradigmas colocados, de um choque de gestão que entusiasmasse a coletividade.
Mas diante das frustações, nos convém ao menos exigir uma cidade limpa do centro ao subúrbio, pois essa é uma obrigação; por ruas sem buracos e com boa iluminação (cadê o “disque luz”?); pelo investimento em educação ambiental e cidadania e não em propaganda institucional personalista e sem conceitos; pelo amplo saneamento e promoção de investimentos habitacionais; enfim, por probidade e planejamento para o futuro.
Até agora nada mudou, tudo está como era antes.