Por Osvaldo Coelho Ex-deputado federal por oito legislaturas (DEM) A democracia não se encerra com a liberdade de escolha dos representados.

Os governantes são escolhidos e a comunidade deve acompanhar as suas ações.

No entanto, quando há um divórcio entre as demandas da comunidade e a administração, ou seja, entre aqueles que representam, surgem esses movimentos que muitas vezes são saudáveis para a consolidação da democracia.

No caso brasileiro e especificamente na região do Vale do São Francisco, o governo estabelece prioridades equivocadas da realidade das pessoas ao invés de investir em saúde e educação.

Além disso, o semiárido não tem água, o semiárido sofre com a desigualdade em relação às cidades do sul do país.

Esse divórcio causou as série de manifestações que pudemos acompanhar em todo o país e no Vale.

O Vale do São Francisco, nos últimos dez anos, não teve razões para estar satisfeito.

O motor digno da nossa economia é a irrigação.

O Vale tem água, sol, solo só falta apenas ação do governo para a construção dos canais.

Essas obras estão paradas há muito tempo e isso impossibilitou a geração de empregos e a entrada dos estudantes que frequentam as universidades e os cursos técnicos no mercado de trabalho.

Essa insatisfação também se refere ao Projeto Pontal, que foi feito com o dinheiro do governo e entregue a apenas um proprietário, desvirtuando-se do modelo democrático que nós conhecíamos como o Projeto Nilo Coelho e Maria Tereza.

Há uma frustração por parte dos estudantes de economia, administração, das escolas técnicas e dos ex-proprietários que anseiam ter uma vida mais digna e de qualidade.

Esses jovens estão travados pelo erro do governo.

Meus caros, todas essas manifestações são frutos de toda essa insatisfação e eu sou a favor da luta.

Avante juventude do Vale do São Francisco.