Caro Jamildo, Em relação à nota publicada em seu blog nesta sexta-feira (5) intitulada “PSB visualiza boas condições para a candidatura de Eduardo Campos à Presidência”, que reproduz trecho da coluna de Cláudio Humberto no Jornal do Comercio, manifesto minha preocupação com a informação de que setores do PSB alimentam o desejo de que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, seja o candidato governista à Presidência da República em 2014, com apoio do ex-presidente Lula, diante da queda de Dilma Rousseff nas últimas pesquisas de opinião. É evidente que não imaginamos que o PSB tenha um candidato que faça oposição frontal ao governo.
Não é isso.
Até porque, se assim fosse, poderíamos nós mesmos, do PPS, construir uma candidatura que exerceria esse papel com muita propriedade.
A questão fundamental é que nós, das oposições, enxergamos em Eduardo Campos um possível aglutinador de forças que ofereçam ao país uma real nativa ao atual governo, mesmo que oriunda de sua própria base de sustentação.
Diante desse cenário, se alguns setores do PSB, mesmo que minoritários, sonham com uma candidatura associada ao bloco atualmente no poder e que conte com o apoio do PT ou de Lula, como diz a nota, é evidente que não se trata de uma boa sinalização às forças que se opõem à atual gestão.
Em diversas ocasiões, falei publicamente sobre a existência de correntes expressivas no PPS que defendem o apoio do partido à eventual candidatura de Eduardo Campos nas eleições do próximo ano, ainda que nenhuma decisão oficial tenha sido tomada nesse sentido.
Entretanto, reforço que, para que o apoio se materialize, é imprescindível que esses setores do PSB entendam a dimensão e a importância de seu papel nesse processo.
Desde já, agradeço ao amigo pela atenção e pelo espaço.
Forte abraço.
Roberto Freire