Por Terezinha Nunes, especial para o Blog de Jamildo Quando quis “vender” à população brasileira a imagem da atual presidente, sua escolhida para sucedê-lo, o ex-presidente Lula criou uma imagem feminina para ungir sua cria.
Batizou Dilma de “mãe do PAC”.
No Nordeste, onde obteve mais de 80% dos votos, anulando a força da oposição no Sul e Sudeste, este apelido ficou de tal forma incrustado na cabeça das famílias mais pobres que, durante a campanha, muitos tiravam o PAC do nome de Dilma e a chamavam de “mulher de Lula”.
Passados dois anos e meio de mandato, Dilma não conseguiu fazer o PAC andar – as obras inacabadas somam mais de 70% do total – a economia claudica a olhos vistos, a inflação voltou e o “padrão Fifa” dos estádios de futebol fez a população ir para às ruas contra o “padrão Dilma” de governar, querendo uma educação, saúde, mobilidade e segurança no mesmo nível dos estádios de futebol que custaram fortunas.
Neste momento, sem liderança ou força suficiente para fazer as reformas que a economia está a exigir e assumir a liderança do processo político que clama por soluções urgentes, Dilma corre o risco de receber outro apelido também feminino, o de madrasta do Brasil.
A não ser que surpreenda nos 15 meses de mandato que ainda tem pela frente, Dilma pode, pelo menos num primeiro momento, e para ficar na condição feminina, arranhar a imagem das mulheres na política em nosso país.
Há, porém, que se esclarecer que ela não chegou lá por méritos próprios.
Fosse isso teria que antes ter experimentado as idas e vindas que a política proporciona, ter aprendido a ouvir, a liderar, e, sobretudo, a ter a paciência que só a sabedoria dos anos de labuta é capaz de garantir.
Dilma na presidência não tem personalidade própria.
E não é assim por ser mulher mas por ter assumido o papel que lhe coube de afilhada de Lula, papel do qual não conseguiu se desvencilhar até hoje, mesmo tendo fama de durona.
Tentou, por exemplo, agir como estadista, relacionando-se bem com os ex-presidentes mas recuou, certamente que por pressão do seu criador.
Tentou ser contra a corrupção implantada por Lula através do mensalão e recuou chamando para o seu mastodôntico ministério pessoas que dele já tinham sido banidas por envolvimento nos mal feitos.
A economia dá sinais claros de exaustão e ela, vendida como uma grande gestora, teima, como Lula, em imaginar que a crise não passa de uma marolinha que qualquer Mantega pode resolver.
Agora, quando o povo vai às ruas, rende-se ao corporativismo petista e propõe uma Constituinte, depois um plebiscito, como se isso fosse resolver o problema do país.
Não se pode imaginar que Dilma, presa na ditadura, torturada, seja a favor da censura à imprensa mas as informações não desmentidas são de que ela esteve com o ex-ministro Franklin Martins, defensor do controle da mídia, antes da desastrada entrevista em que propôs uma Constituinte que poderia começar com uma simples reforma política mas descambar para implantar um novo regime no Brasil, quem sabe nos “moldes petistas”.
Da forma em que se encontra, completamente rendida ao modus operandi do PT, Dilma queima o filme das mulheres.
Quando as mulheres brasileiras cada vez mais assumem o protagonismo na família e na sociedade, destacando-se inclusive, como gestoras de empresas privadas, ela demonstra que entrou na política não para comandar mas para ser comandada.
E mal.
CURTAS Força Vai ser difícil o governador Eduardo Campos atirar no PT durante a sucessão presidencial.
Entre outras coisas, Lula e Dilma lhe entregaram a gestão das grandes obras no estado como a duplicação das Brs 408 e 104, custeadas em 90% com recursos federais.
Na época de Jarbas, a duplicação da Br 232 foi assumida pelo estado mas Lula só repassou 40% dos recursos usados na construção da obra.
O resto foi do estado.
Porto Digital Esta semana, ao anunciar que a Fiat vai trazer para Pernambuco a direção do parque industrial do grupo em todo o mundo, o presidente da empresa para a América Latina, Cledorvino Belini, citou como motivos para isso o fato de Pernambuco ter muitas universidades e ter o Porto Digital.
O Porto Digital, hoje modelo nacional, foi criado no Governo Jarbas e mantido pelo governador Eduardo Campos.
Vaias Muitos prefeitos que fizeram festas milionárias no São João e São Pedro em seus municípios não puderam subir no palco com receio de vaias.
O pânico tomou conta de todos depois que alguns sofreram apupos ao tentar buscar prestígio político nos festejos.