O deputado federal Pedro Eugênio, presidente do PT de Pernambuco, usou a tribuna da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (2), para ressaltar as ações anunciadas pela presidenta Dilma Rousseff após a onda de protestos no País, inclusive a proposta do governo sobre plebiscito.
Para o parlamentar, a presidenta acertou ao tomar iniciativa. “Quando o povo nas ruas solicita transformações e reformas no meio político, nada mais importante que ouvir o povo por meio de um plebiscito, como acontece regulamente em vários países. É democrático, salutar e está em sintonia com o movimento que estamos vivendo”, destacou.
Pedro Eugênio rebateu as críticas da oposição. “Se ela não tivesse tomado iniciativas como essas, se não tivesse tomado iniciativa de propor recursos na faixa de R$ 50 bilhões para enfrentar os desafios de transporte público, se não tivesse feito proposições para saúde e educação, certamente estariam chamando a presidenta de omissa.
Ela tomou iniciativa e compartilhamos com sua decisão”, afirmou.
O deputado federal disse que a bancada do PT irá dialogar com toda a sociedade e partidos a proposta de reforma política para que se possa construir um caminho correto, de longo prazo, estável e transformador para melhorar a qualidade da política brasileira e para eliminar, ou pelo menos combater fortemente, a influencia econômica que prejudica o mandato dos parlamentares.
Nesta terça-feira, o vice-presidente da República, Michel Temer, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, entregaram aos presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente, Henrique Eduardo Alves e Renan Calheiros, o ofício presidencial com o pedido de realização do plebiscito para discutir a reforma política.
Ontem a presidente Dilma Rousseff disse que o Congresso poderá mudar a proposta de reforma política enviada pelo Planalto. “Enviamos nossa sugestão à Câmara e ao Senado no sentido de plebiscito, apontando em linhas gerais, as balizas que julgamos importantes.
Isso não significa que outras balizas não podem aparecer”, declarou, então.
No texto, o Executivo sugere ao Congresso a realização do plebiscito sobre cinco assuntos: financiamento público ou privado das campanhas eleitorais; voto proporcional ou distrital; e a continuidade ou não do voto secreto no Congresso, da suplência para senador, e de coligações partidárias em eleições proporcionais.