Do JC Online O recifense terá mais um dia de dificuldades com o transporte coletivo nesta terça-feira (2).

Rodoviários e donos de empresas de ônibus não chegaram a um acordo e a paralisação está mantida.

O reajuste da categoria será decidido em reunião do pleno do Tribunal Regional do Trabalho, às 17h.

A reunião que tentou a negociação, na noite de segunda-feira (1º), durou cerca de cinco horas.

Com a elaboração da ata, a sessão terminou por volta das 23h30. “Os trabalhadores ainda têm esperança na Justiça e acreditamos que o tribunal decida por um reajuste justo e compatível com a categoria”, disse o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Patrício Magalhães.

Magalhães pediu a união dos rodoviários na greve, com adesão do grupo opositor.

A Oposição Rodoviária, ligada à Conlutas, deverá fazer uma assembleia às 10h, na frente da agência dos Correios, na Avenida Guararapes, no Centro do Recife.

Desde a última reunião realizada quinta-feira passada na Procuradoria Regional do Trabalho, não houve avanços na pauta de negociações.

Os mesmos sete itens que faltaram entrar em acordo foram matidos.

Eles dizem respeito a adicional de hora extra, redução de jornada de trabalho, pagamento de cestas básicas, aumento no valor do tíquete alimentação, pagamento de participação nos lucros e a definição de pisos salariais para motoristas, cobradores, fiscais e motoristas de ônibus articulados.

O Sindicato dos Rodoviários chegou a reduzir o percentual de reajuste solicitado.

A categoria começou as negociações pedindo 66%, caiu o índice para 33% e segunda apresentou 20%.

O valor do tíquete, que hoje é de R$ 160, se manteve nos R$ 350 exigidos.

Os rodoviários também pediram a anulação da multa que seria aplicada por descumprimento das regras para a greve.

A Justiça determinou, através de liminar, que 80% dos ônibus circulassem no horário de pico e 50% dos veículos nos horários mais brandos.

Também foi solicitado que não fossem descontados os dias parados nem que fossem aplicadas punições àqueles que aderiram à greve.

O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco (Urbana), Fernando Bandeira, não informou o percentual oferecido aos trabalhadores.

Durante a negociação, dezenas de rodoviários aguardavam a decisão do lado de fora do TRT.

Eles são integrantes da Oposição Rodoviária de Verdade e estavam revoltados por não poderem participar da reunião. “Isso é muito injusto.

Nenhum representante nosso participou da mesa.

Tudo está sendo negociado em uma sala onde ninguém tem acesso”, contestou o motorista Josival José da Silva, que passou parte da noite aguardando uma resposta.

De acordo com a advogada da Oposição de Verdade, muitos trabalhadores estavam se sentindo injustiçados. “Nós representamos 80% da categoria.

Se não podemos participar da reunião, como vamos definir algo?

A oposição que participou da mesa não representa nem 10% da categoria”.