Foto: Paulo Veras/BlogImagem “O povo quer que os prefeitos, os governadores e a presidenta Dilma trabalhem junto.

A população não quer sabre de briga [entre eles]”, disse o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas (PT), na cerimônia de entrega de 98 máquinas (33 retroescavadeiras e 65 motoniveladoras) para 85 municípios do interior do Estado, nesta sexta-feira (28).

Os equipamentos, que custaram R$ 28,5 milhões, foram financiados com recursos da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).

O ministro destacou a postura republicana do governo federal, que está distribuindo as máquinas “independente da coloração partidária do prefeito e da prefeita”.

A expectativa do Ministério é distribuir 770 equipamentos a cerca de 179 municípios pernambucanos.

O programa foi criado pelo governo federal com o objetivo de melhorar as estradas vicinais para permitir o escoamento da produção agropecuária.

De acordo com Pepe Vargas, cada município vai receber quase R$ 1,5 milhão em equipamentos.

Além de dizer que os governadores deveriam trabalhar antenados com Dilma, o ministro ressaltou que as parcerias do governo do Estado com o governo federal iniciadas no governo Lula e levadas adiante por Dilma “foram boas para Pernambuco”.

Manifestações No discurso que fez, Pepe Vargas fez menções a onda de protestos que tem ocorrido nas principais cidades do país e disse que sente orgulho de pertencer a um partido político. “Como vai haver democracia sem partido?”, questionou.

Ele também disse se negar a ver a classe política como corrupta, porque “em todas as atividades humanas e profissões pode ter alguém que faça alguma coisa errada”.

O ministro reconheceu que as manifestações trouxeram avanços, como a percepção de que “movimento social não é caso de polícia”.

Mas ele disse acreditar que é preciso que os manifestantes se organizem para facilitar o diálogo com o governo, e disse ser preciso entender que “a nossa pressa não apressa a história”.

Plano Pepe Vargas não quis adiantar a parte substancial do Plano Safra Semiárido, programa direcionado a auxiliar a produção agropecuária do semiárido brasileiro que deve ser apresentado pela presidente Dilma Rousseff nos próximos dias.

Ele adiantou, porém, que o Plano deve congregar mecanismos que já existem, como crédito, seguro, garantia de preços, compras públicas e assistência técnica do governo para a produção.