Foto: BlogImagem Por Carolina Albuquerque Do JC Trânsito Em relação ao protesto da última quinta-feira (20), a manifestação de ontem, no Recife, teve bem menos adesão.
Ela aconteceu após a Proposta de Emenda à Constituição 37 ter sido derrubada na Câmara, anteontem, e o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff (PT), propondo um plebiscito para a reforma política.
Duas das bandeiras dos manifestantes que tomam as ruas de cidades brasileiras há duas semanas.
Ontem, o JC consultou alguns participantes sobre a proposta da presidente de convocar a consulta popular para propor mudanças no atual sistema político.
Leia também: Dilma propõe plebiscito para Constituinte exclusiva para a reforma política Governo descarta Constituinte exclusiva, mas sugere plebiscito sobre reforma política Plebiscito pode ser em 7 de setembro ou 15 de novembro Militante do Levante Popular da Juventude, o estudante Eduardo Mara, 31 anos, considerou a iniciativa como um avanço. “É importantíssimo.
Considero como o maior avanço.
Essa é a melhor forma de dar voz à população.
Precisamos decidir a forma de financiamento de campanha, que deve ser público”, defendeu.
A opção pelo plebiscito também foi elogiada pela estudante de Serviço Social e militante do PT, Ingrid Farias, uma das organizadoras do protesto de ontem. “Como militante, já estava mais que na hora.
Agora, precisamos continuar nas ruas porque para acontecer não depende só da presidente, mas de várias instâncias de poder”, colocou a universitária.
O motorista Givaldo Ferreira, 55 anos, que segurava uma bandeira pregando o fim do voto obrigatório, disse que o Congresso e a presidente só estão agindo sob pressão. “Está funcionando à base de pressão, pois o Congresso não tem interesse em votar o que o povo está querendo.
E agora é preciso que o povo diga o que quer não só em relação à reforma política, mas a tributária e previdenciária”, frisou.
O historiador Lucas Van der Ploeg, militante do PSOL, lamentou que a presidente tenha recuado de convoca uma Constituinte para aprovar a reforma política. “Agora precisamos emplacar essa proposta de plebiscito, que é interessante”, disse.
Já o estudante de Medicina Luiz Cavalcante, 22 anos, desaprovou a forma como a presidente tem respondido às reivindicações. “Ela mostra que não sabe o que fala.
Foi sem preparo.
Disse que iria convocar uma Constituinte e recuou”, opinou.
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