Plebiscito é a melhor forma de ouvir sociedade, diz presidente do PSB Na Agência Brasil O governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, disse hoje (27), após se reunir com a presidenta Dilma Rousseff e outros presidentes de partidos da base governista, que, de forma majoritária, eles consideram o plebiscito como melhor forma de a sociedade brasileira ser ouvida e participar da reforma política no país, que, durante 20 anos, foi inviabilizada por interesses político-partidários. “O Congresso Nacional poderá, se decidir pelo plebiscito, ouvir objetivamente a sociedade e ter balizamentos que não foram construídos nestes mais de 20 anos de democracia porque, muitas vezes, o interesse da reeleição de A ou B, o interesse desse ou daquele partido, terminou por inviabilizar a reforma política e, agora, a sociedade vai se expressar e dar o balizamento de qual é a reforma política que, no entender do povo brasileiro, se aproxima daquilo que a sociedade deseja”, disse Campos.
Para ele, há uma grande distância entre a sociedade, que avançou rapidamente, e as forças políticas, que estagnaram e agora precisam se renovar. “Todos os partidos políticos, as forcas políticas no Brasil, precisam compreender a distância que se estabeleceu entre a sociedade e sua representação, como se os governos, e também os partidos fossem analógicos, ou pré-analógicos, e a sociedade, digital”, ressaltou o presidente do PSB. “Então, vamos precisar usar essas ferramentas [PLEBISCITO]para fazer com que a opinião da sociedade se expresse na vida dos Poderes, do Estado brasileiro, e alimentar a renovação”, disse ele.
Eduardo Campos reforçou que existe a compreensão de que todas as instituições do país estão desafiadas a dar respostas e corrigir os erros cometidos.
Neste sentido, segundo ele, os partidos aliados estão dispostos a ajudar o governo a dar sequência no esforço de ouvir e responder à população.
Além do presidente do PSB, participaram da reunião com a presidenta Dilma Rousseff, os presidentes nacionais do PP, senador Ciro Nogueira (PI); do PR, senador Alfredo Nascimento (AM); do PTB, Benito Gama; do PDT, Carlos Lupi; do PSD, Gilberto Kassab; do PRB, Marcos Pereira; do PCdoB, Renato Rabelo; do PT, deputado estadual Rui Falcão (SP); do PMDB, senador Valdir Raupp (RO); o vice-presidente Michel Temer e os ministros da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, da Educação, Aloizio Mercadante, e da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Nota das oposições Os partidos de oposição ao governo federal – Democratas, PPS e PSDB – estão firmemente empenhados em buscar soluções e respostas para os problemas e anseios que os brasileiros têm manifestado nas ruas, de forma democrática e pacífica.
Por esta razão, ofereceram ao amplo debate uma agenda propositiva, que há tempos defende, com medidas práticas e factíveis de curtíssimo prazo, nos campos do imprescindível combate à corrupção, ampliação da transparência na área pública e fortalecimento das políticas nacionais de saúde, segurança, educação, infraestrutura e combate à inflação.
Os partidos de oposição denunciam e condenam a estratégia do governo federal de, ao ver derrotada a tentativa golpista de uma constituinte restrita, buscar, agora, multiplicar a polêmica em torno da realização de plebiscito sobre a reforma política.
Se tivesse, de fato, desejado tratar com seriedade esta importante matéria, a presidente já teria, nesses dois anos e meio, manifestado à nação a sua proposta para o aperfeiçoamento do sistema partidário, eleitoral e político brasileiro.
Somos favoráveis à consulta popular.
Mas não sob a forma plebiscitária do sim ou não.
Legislação complexa, como a da reforma política, exige maior discernimento, o que só um referendo pode propiciar.
A iniciativa do plebiscito, tal como colocada hoje, é mera manobra diversionista, destinada a encobrir a incapacidade do governo de responder às cobranças dos brasileiros, criando subterfúgio para deslocar a discussão dos problemas reais do país.
Tudo isso se dá enquanto se agrava o cenário econômico, com recrudescimento da inflação, pífio crescimento e acelerada perda de credibilidade do governo aos olhos dos brasileiros e do mundo.
As oposições registram que continuarão debatendo, como sempre fizeram, as questões que interessam aos brasileiros.
Jamais faremos oposição ao País.
Brasília, 27 de junho de 2013 Aécio Neves – Presidente nacional do PSDB José Agripino – Presidente nacional do Democratas Roberto Freire – Presidente nacional do PPS