Do Jornal do Commercio desta quarta-feira (26).
BRASÍLIA - A Justiça Federal no Distrito Federal condenou ontem o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), o operador do esquema do mensalão, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, e outros seis envolvidos no caso por improbidade administrativa.
Na decisão, a juíza Lana Lígia Galati, da 9ª Vara, determinou a suspensão dos direitos políticos de Cunha por dez anos.
Ele terá de ressarcir o governo em R$ 50 mil com juros e correção monetária e estará proibido de fazer contratos por dez anos com o poder público.
A lista de condenados incluiréus ligados a Valério, como a ex-secretária Simone Vasconcelos, os ex-sócios Ramon Rollerbach e Cristiano Paz e ex-funcionários do Banco Rural.
Eles podem recorrer da sentença.
A Justiça aceitou pedido de condenação cível do Ministério Público Federal (MPF) que sustentou que Cunha recebeu, indevidamente, R$ 50 mil do esquema operado por Valério.
A propina foi sacada pela mulher do deputado do PT de São Paulo, Márcia Regina Cunha.
João Paulo Cunha já tinha sido condenado, criminalmente, em 2012, pelo Supremo Tribunal Federal(STF) pelo recebimento do dinheiro.
O deputado do PT, no entanto, continua no cargo na Câmara.
Valério terá de pagar R$ 150 mil à administração federal com juros e correção monetária, ficará impedido de receber incentivos e fazer contratos com o Poder Público por dez anos e perderá por oito anos os direitos políticos.