Greve geral a partir da próxima terça-feira, 25.

A decidiu dos servidores do Cisam ocorreu em assembleia nesta sexta-feira.

A paralisação será dos funcionários da maternidade lotados no Barão de Lucena, Agamenon Magalhães, Recife, Olinda e Camaragibe, por conta das reformas no Cisam.

Desde março, cerca de 400 servidores foram distribuídos nestas unidades de saúde e apesar de cumprirem a mesma jornada de trabalho dos demais funcionários, não tiveram direito à produtividade.

O pagamento da gratificação de desempenho é a principal reivindicação da categoria e deveria ter sido paga proporcionalmente em maio, referente a março.

A presença dos servidores do Cisam nestas unidades, segundo foi repassado pelos próprios secretários de saúde do Estado e dos municípios beneficiados ao superintendente do Complexo Hospitalar da UPE, João Veiga, aumentou o número de atendimentos e procedimentos, gerando aumento na receita.

Em Camaragibe, por exemplo, a quantidade de partos teria subido de 17 para mais de 150 mensais.

O aumento, como enfatizou o próprio Veiga, em uma das reuniões com a categoria, seria suficiente para que os servidores emprestados recebessem uma gratificação no mesmo valor do pessoal das unidades acolhedoras.

Em junho, vence o prazo para o pagamento da produtividade de abril e eles querem que pelo menos esta seja paga.

No dia 07 de junho, em uma reunião na Reitoria, o superintendente do Complexo Hospitalar se comprometeu em conversar com os secretários para tentar negociar o pagamento.

O resultado desses diálogos foi apresentado por Veiga no dia 10 em assembleia no Cisam.

A par da situação e diante da ameaça de paralisação dos servidores, a Secretaria de Saúde do Estado e de Olinda disseram que iam pagar a gratificação de abril.

A promessa foi feita extraoficialmente.

Camaragibe, a exemplo do que havia informado antes, comunicou impossibilidade de pagar e o Recife sequer respondeu ao pleito do superintende.

No dia 17 deste mês, mais uma assembleia foi realizada para decidir o futuro dos relotados e eles decidiram decretar estado de greve até a quinta, dia 20, e deliberar pela greve nesta sexta, 21.

A paralisação imediata, já a partir desta sexta, foi posta em votação, mas a maioria acatou a proposta do Sindupe, para cruzar os braços a partir da próxima terça, 25, depois que os procedimentos legais para decretar o movimento paredista forem executados.

No dia 25, o sindicato já marcou mobilização em frente ao Cisam, às 9h, com os servidores. “Atos vão continuar até que as reivindicações sejam atendidas.

O Sindupe também percorrerá as unidades de saúde onde os trabalhadores estão lotados para reforçar a paralisação, convocando todos os funcionários a aderirem à greve”, falou José Rosa, presidente do sindicato.