Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem Do Jornal do Commercio deste sábado (22).

Pernambuco apresentou saldo negativo de 2.402 empregos em maio, o que representou uma queda de 0,18% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada em abril, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Desde 2003, o Estado não registrava uma redução no número de empregos em maio.

No País, foram gerados 72.028 postos de trabalho.

O número revelou um crescimento de apenas 0,18% em relação ao mês anterior, sendo o pior resultado para o mês de maio desde 2002, quando foi iniciada a série do Caged.

A queda do emprego no Estado foi puxada pela construção civil que ficou com um saldo negativo de 4.395 vagas, o que representou uma diminuição de -2,85%.

Localmente, o único setor que registrou um saldo positivo foi a indústria de transformação com 0,99% a mais de empregos (ver quadro acima).

No Caged, é calculado o saldo entre a quantidade de pessoas admitidas com carteira assinada e as que foram desligadas.

O resultado revela o estoque de empregos do período.

No Estado, o município que mais gerou postos de trabalho foi Sirinhaém (no Litoral Sul) a 79 km do Recife.

Em maio último, aquela cidade registrou 1.298 admissões e 48 demissões.

Lá, quase 100% das vagas criadas foram na indústria de transformação, que registrou um saldo de empregos com 1.232 vagas.

A principal atividade econômica do local é o plantio da cana-de-açúcar.

Geralmente, a indústria sucroalcooleira não emprega mais nesta época devido à entressafra.

Cidades que vinham apresentando um crescimento constante do emprego como Ipojuca, Cabo e Recife tiveram estoques de emprego negativo em maio último.

O emprego nesses locais estava crescendo devido à construção civil, que foi um dos setores que mais desempregou no mês passado.

Ainda de acordo com o Caged, ocorreu um decréscimo de 30.209 postos de trabalho nos cinco primeiros meses deste ano no Estado.

Isso representou 2,27% empregos a menos e ocorreu principalmente por causa de fatores sazonais, como por exemplo o fim da safra da cana-de-açúcar que ocorreu em março último.

Em todo o País, foram admitidos 1.827.122 trabalhadores contra um total de 1.755.094 desligamentos.

Das oito atividades econômicas pesquisadas, sete apresentaram expansão no nível de emprego.

Em termos absolutos, os principais setores responsáveis pelo desempenho positivo no mês foram: agricultura (+33.825 postos ou +2,13%), serviços (+21.154 postos ou +0,13%) e indústria de transformação (+15.754 postos ou +0,19%).

O crescimento do emprego ocorreu em 17 Estados, com destaque para Minas Gerais (+25.916 postos), São Paulo (+22.434 postos) e Paraná (+9.713 postos).

A queda do emprego em maio aconteceu em 10 Estados.

A maior redução foi registrada em Alagoas (- 3.453 postos).

O segundo pior colocado foi Pernambuco.