Depois de mais de 50 mil pessoas sairem às ruas do Recife, nesta quinta, a OAB-PE acredita ser hora de traduzir os anseios da população em uma agenda produtiva e permanente de trabalho. “Neste primeiro momento, a OAB-PE cumpriu o papel que lhe cabia.
Cobrou das autoridades respeito e planejamento para que a manifestação transcorresse dentro da normalidade democrática que nossa Constituição preconiza, garantindo-se o direito da livre associação para fins pacíficos.
Missão cumprida”, frisa o presidente da OAB-PE, Pedro Henrique Reynaldo Alves.
Agora, de acordo com ele, compete à OAB tentar transformar o anseio e a indignação do povo brasileiro, diante de inúmeros temas (serviços públicos de mais qualidade, menos impostos, combate à corrupção, passe livre no transporte público, contra PEC 37, fim do foro privilegiado dos políticos etc.), em uma agenda de mudanças políticas e institucionais a ser cobrada do Congresso Nacional e Presidência da República. “Para esta tarefa a OAB contará certamente com seus aliados de sempre, como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e outras tantas entidades representativas da sociedade civil”, diz. “Em tratativas com o presidente Nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coelho, ficou agendado para esta próxima segunda-feira, dia 24, uma reunião em Brasília com diversas instituições onde será formatada essa agenda, que certamente passará por reforma política e priorização da saúde e educação em nosso país”, diz o presidente Pedro Henrique.
Também neste sentido, a OAB-PE vai convidar ao diálogo, as principais instituições que se mobilizaram para o protesto do Recife e instituir um fórum permanente no intuito de agregar as reivindicações e canalizar as ideias propostas. “Vamos colher subsídios para um pacto nacional mobilizado pelo Conselho Federal da OAB.
Espero que possamos cumprir com êxito o papel que a história sempre reserva a nossa instituição”, conclui.