A Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco divulgou nota informando que o resultado pacífico das manifestantes populares, na noite da última quinta (20 de junho), em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco, deixou exemplo para todo o País. “Uma prova de civilidade tanto dos participantes como do policiamento”.

De acordo com o titular da Assistência Militar da Assembleia Legislativa, coronel Ricardo Lima, que coordenou a ação na Alepe, a orientação foi de garantir o protesto pacífico e a integridade, tanto dos manifestantes quanto do patrimônio da Casa. “A guarda, formada em linha, em frente ao Museu Palácio Joaquim Nabuco, foi orientada a dialogar e, em vários momentos, recebeu aplausos das pessoas.

Um deles foi quando um motorista insistia em furar o bloqueio dos manifestantes à rua: um dos policiais, o capitão Igor Rodrigo, orientou o motorista a respeitar o direito de protesto e esperar, fora do carro, até que houvesse condições de trânsito.

Uma das participantes do movimento distribuiu flores brancas entre policiais”, informou a entidade.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Guilherme Uchoa, do PDT, acompanhou toda a movimentação junto com o governador Eduardo Campos, no gabinete do Governo, até às 3h30.

Os manifestantes começaram a chegar à sede da Assembleia pouco antes das 18h e sentaram no asfalto, com faixas e cartazes.

Por volta das 19h, havia um grupo estimado pela PM em quatro mil pessoas, que começou se dispersar por volta das 20h30, mas havia muitos passantes na rua da Aurora, no sentido do Marco Zero, até às 23h30. “Alguns grupos menores sinalizaram disposição à desordem.

Um deles atirou três pedras no prédio sede da Alepe e quebrou uma vidraça, mas se dispersou na multidão, sem que integrantes chegassem a ser identificados”.

De acordoc com a avaliação da Alepe, outro grupo, usando máscaras, foi acusado pelos manifestantes de estar fazendo arruaça.

Seus integrantes foram abordados por policiais para verificação de porte de arma e de documentos.

As máscaras foram recolhidas durante a abordagem e entregues no momento em que todos foram liberados. “Houve, ainda, um momento de tensão de manifestantes, quando um radialista transmitia suas impressões via celular: um grupo discordou do que o profissional falava e iniciou uma discussão, mas policiais tiraram o radialista do local, para evitar possibilidade de agressões físicas”.