Foto: reprodução da internet Por Fernando Castilho, na coluna JC Negócios desta quarta-feira (19) Demorou, mas, enfim, a classe média foi para rua.
A classe média sim, e não se deve confundi-la com a que Lula e Dilma promoveram e muito menos com os baderneiros e radicais infiltrados.
A classe média que está nas ruas, e vai para elas amanhã, é a que tem muito mais motivos para sair de casa do que a simples reivindicação de seus jovens e adolescentes pela redução de passagens de ônibus.
Ela está indo expressar a sua indignação em ter virado, ao longo dos últimos anos, o recheio das benesses dos governos do PT para o andar de cima, como as empresas às custas do BNDES e os bancos e o andar de baixo, ou a população de baixa renda que melhorou de vida, teve crédito para consumir e pode se inserir no mercado de consumo: 42 milhões.
O recheio, ou melhor, a classe média, não tem nada contra isso.
Mas não aguenta mais ver o aumento real de seus custos fixos.
Isso tem a ver com a inflação nos preços da comida, do tempo preso no trânsito gastando gasolina, dos filhos fora do colégio particular, do aumento do plano de saúde, da redução das correções de suas aposentadorias, só para citar alguns motivos.
Então quando ficou claro que as promessas de mobilidade da Copa de 2014 ficaram apenas nos estádios e o cinismo da classe política virou escárnio, ela não aguentou.
Aí como diz aquele comercial, a rua virou a arquibancada do Brasil.
Que é onde todo mundo extravasa.