Foto: Igo Bione/JC Imagem Débora Duque, do Jornal do Commercio Desafeto de José Dirceu antes mesmo de colocar-se como possível adversário da presidente Dilma, em 2014, o governador Eduardo Campos (PSB) foi uma das fontes consultadas para a biografia.

No livro, constam relatos do socialista sobre uma reunião da qual participou com Dirceu às vésperas da explosão da CPI dos Correios, que traria à tona o caso do mensalão.

A outra história de Dirceu Do encontro, em junho de 2005, participou Aldo Rebelo, então ministro de Relações Institucionais de Lula.

Eduardo estava à frente da pasta de Ciência e Tecnologia e, junto com Aldo, tentou barrar a CPI.

Ali, Dirceu teria declarado: “A CPI é o começo do meu fim”.

Na mesma noite, o petista também teria dito a Eduardo, em tom jocoso, para desistir da candidatura ao governo, em 2006, quando o PT lançou Humberto Costa. “O meu jogo não é com o PT.

Eu não preciso do PT para ser governador.

A única pessoa a quem eu tenho que dar satisfação é o Lula”, teria retrucado Eduardo.

O jantar, descreve o autor, terminou em clima de “hostilidade”.

Apesar das desavenças com Dirceu, Eduardo atuou para impedir que o mensalão respingasse em Lula e atrapalhasse sua reeleição.

Deixou o ministério junto com Aldo e voltou ao Congresso para auxiliar nas articulações.

Eduardo, até hoje, resgata o episódio para exemplificar sua fidelidade a Lula.