Por Carolina Albuquerque No Jornal do Commercio desta quinta-feira (13) A cidade de Santa Cruz do Capibaribe (Agreste) está em pé de guerra.

Desde que assumiu a prefeitura, o prefeito Edson Vieira (PSDB) tem se empenhado em escancarar o “caos administrativo” deixado pela gestão de Toinho do Pará (PTB).

O tucano decretou estado de emergência, fez auditoria e denunciou irregularidades, que teriam causado um rombo de R$ 50 milhões aos cofres municipais.

A atual bancada de oposição, ligada ao antigo gestor, movimentou-se para apurar indícios de irregularidades na contratação, por dispensa de licitação, da empresa KMC Locadora LTDA, que controla o serviço de transporte desde janeiro.

Leia também: Em Santa Cruz, equipe de transição denuncia ao TCE falta de colaboração de Toinho do Pará O assunto domina os embates na Câmara Municipal.

Os oposicionistas Ernesto Maia (PTB), Deomedes Brito (PT) e Carlinhos da Cohab (PSL) acusam o atual prefeito de direcionar a contratação de uma empresa supostamente fantasma.

Ela, segundo eles, dispõe de uma frota incompatível com os dados cadastrados no Detran-PE.

Eles dizem haver motocicleta sendo paga como se fosse caminhão-pipa, gerando custo de R$ 10,5 mil mensais.

Também denunciam que a sede cadastrada pela empresa não existe e que os donos, Carlos Alexandre Malta, Higeine de Almeida Malta e Renata Rafaela Cavalcanti de Castro, são comissionados do gabinete do deputado Diogo Moraes (PSB), aliado do prefeito.

O grupo protocolou denúncia no Ministério Público, Justiça Federal e Tribunal de Contas.

O promotor Hodir Guerra afirma que próxima semana deve terminar as diligências.

Já o prefeito nega haver direcionamento, pois a empresa contratada apresentou todos os documentos necessários e tinha a melhor oferta. “O serviço está sendo prestado”, afirmou.