Paralisação de 48 horas, estado de assembleia permanente e doação de sangue.
Essas foram as principais propostas aprovadas, por unanimidade, pelos médicos da rede municipal de Caruaru, em Assembleia Geral, na noite desta terça-feira (11), no auditório da Sociedade de Medicina.
A paralisação acontecerá nos dias 17 e 18 de junho (segunda e terça-feira).
Nesses dois dias, os atendimentos ambulatoriais nos PSF’s, além dos exames e das cirurgias eletivas não serão realizados pela categoria.
Por sua vez, estão garantidos os atendimentos de urgências, emergências e do Samu.
A atividade “Médicos de Caruaru doam sangue pela saúde pública” será realizada no dia 18 (terça), a partir das 8h, no praça do Marco Zero, Centro de Caruaru.
Basicamente, o motivo de decidir pela paralisação foi o não atendimento da Pauta de Reivindicações da categoria, como explicou o diretor do Simepe/Regional Caruaru, Danilo Souza: “Infelizmente, a Prefeitura de Caruaru não mandou nenhuma contraproposta às reivindicações dos médicos, entre elas, os pagamentos de adicional noturno, insalubridade e de reajuste salarial.
Decidimos paralisar as atividades por 48 horas, os atendimentos ambulatoriais, nos PSF’s e cirurgias e exames eletivos.
Já os atendimentos de urgências, emergências e do Samu estão assegurados”, Segundo ele, após o mês de outubro do ano passado, o número de cirurgias na Casa de Saúde Bom Jesus foi reduzido e o hospital ficou alguns meses sem nenhuma cirurgia.
A UTI foi fechada, faltam medicamentos em vários postos de saúde e policlínicas da cidade, bem como outros materiais e equipamentos. “Os salários dos médicos estão frequentemente atrasados, além de décimo terceiro e terço de férias ainda não pagos pela administração municipal.
A situação se complica dia a dia”, enfatizou Danilo Souza.
Há um mês, foi entregue à Secretaria de Saúde um documento elaborado pelos médicos, apontando uma série problemas na rede municipal de saúde.
No entanto, os prazos expiraram, os profissionais resolveram denunciar à sociedade e cobrar providências dos gestores municipais.
Os médicos afirmam ainda que o trabalho deles está sendo prejudicado por causa da falta de estrutura nas unidades de saúde.
Segundo a categoria, os profissionais são prejudicados com as ambulâncias quebradas, precariedade nas estruturas físicas das unidades de saúde, falta de medicamentos e insumos, inclusive de leitos para internamentos.
Uma nova assembleia dos médicos está marcada para o 19 de junho (quarta-feira), às 20h na Sociedade de Medicina de Caruaru, bairro Universitário.