A deputada Terezinha Nunes (PSDB) usou a tribuna da Assembleia Legislativa para mostrar que a briga política entre o PSB, do Governador Eduardo Campos, e o PT, da presidente Dilma, está penalizando os pernambucanos.
A parlamentar disse que depois que as duas legendas passaram a se desentender sobre as eleições de 2014, começaram a apelar para o jogo do empurra e está difícil saber de quem é a responsabilidade do que não está sendo feito, ou pelo estado ter virado um canteiro de obras inacabadas.
Terezinha cobrou que os deputados do PT e PSB se pronunciassem sobre o que está acontecendo.
Porque no tempo das vacas gordas, quando o Governo Federal liberava recursos com prontidão, ambos elencavam as providências federais para atender às necessidades do estado.
Agora que o “namoro” acabou e os recursos começam a rarear, começaram a trocas de farpas.
Caladas, as duas bancadas ouviram ela citar o episódio dos prédios-caixão, cujos moradores tiveram que sair dos seus apartamentos porque os edifícios estão sob risco de desabamento, enquanto outros desabaram provocando a morte de 12 pessoas, nos últimos 19 anos.
A tucana voltou a questionar porque o convênio no valor de R$172 milhões, assinado em 2009 pela Caixa Econômica, o Governo do Estado e cinco prefeituras metropolitanas para o início da recuperação dos prédios caixão, ainda não saiu do papel.
Ela lembrou a verba ainda não foi liberada e até agora nem a Caixa e nem o Governo conseguem explicar o que aconteceu.
O abandono da BR 101 também foi citado por ela como problema sem paternidade.
Há cinco anos, cheia de buracos e provocando enormes engarrafamentos no entorno dos 20 km da rodovia que liga os municípios de Abreu e Lima e Jaboatão, a via é motivo de bate boca entre o DNIT e a Secretaria das Cidades.
O DNIT diz que o governo federal liberou R$ 125 milhões desde o final do ano passado para que a Secretaria das Cidades fizesse uma reestruturação da rodovia.
Do outro lado, o próprio governador Eduardo Campos afirmou que ao estado só cabe a execução do corredor de BRT, devendo o DNIT cuidar do resto. “Enquanto eles não resolvem esse imbróglio, quem vai responder pelas escolas técnicas que não estão sendo entregues, pelas estradas esburacadas, pelas UPAs paralisadas, pelos prédios caixão que continuam tirando o sono dos seus moradores?”, pergunta a deputada.
Ela cobra que cada um assuma o seu papel diante das obras e das ações não realizadas e explique-se perante a população prejudicada.