Do Jornal do Commercio desta terça-feira (11) BRASÍLIA - Apesar de o País ter 30 partidos registrados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quatro novas legendas devem ser criadas ainda neste ano, para poder concorrer nas eleições de 2014.

Além do Rede Sustentabilidade, que ganhou expressão por estar sendo fundada pela ex-senadora Marina Silva, outras três legendas estão em fase de criação.

Mesmo antes de passar pelo teste das urnas ou de ter políticos eleitos em seus quadros, qualquer partido já tem direito a uma parcela do Fundo Partidário e do tempo de propaganda partidária gratuita no rádio e na TV.

Só para se ter uma ideia, em 2012, o menor volume do fundo repassado a uma sigla foi de mais de R$ 340 mil - para o Partido Ecológico Nacional(PEN), formado naquele ano.

Dois dos prováveis quatro novos partidos estão mais adiantados que o de Marina.

No dia 24 de maio, o Partido Republicano da Ordem Social (Pros) protocolou no TSE seu pedido de registro.

A legenda havia sido fundada em janeiro de 2010, mas só agora oficializou o registro.

No dia 5 de março, o Partido Liberal Brasileiro (PLB) havia solicitado o registro de seu estatuto, mas, como faltam alguns documentos, o processo está parado.

O PLB tem origem no Rio e tem como um de seus principais mentores o deputado Domingos Brazão, rompido com o governador Sérgio Cabral(PMDB).

O deputado Paulinho da Força (PDT-SP) também tenta viabilizar mais um partido.

Presidente da Força Sindical, segunda maior centralsindical do Brasil, ele corre atrás de apoios para criar o Partido da Solidariedade.

Recentemente, a discussão sobre a criação de novos partidos gerou uma crise institucional entre o Congresso e o Supremo Tribunal Federal(STF).

Tudo porque uma emenda constitucional pretende impedir a distribuição de tempo de TV e recursos do Fundo Partidário para novas siglas.

A proposta foi encabeçada pelo PMDB e PT, sob alegação de que é preciso reduzir a farra das novas legendas.

O objetivo, dizem os adversários, é dificultar a candidatura de Marina Silva pelo Rede.

Leia também: Câmara aprova projeto contra novos partidos Marina e Aécio tentam impedir limitação a novos partidos Senador pede urgência para projeto contra novos partidos.

Humberto defende matéria Em uma década, País pagou R$ 6,8 bi para partidos Para criar um partido no Brasil, a lei exige, primeiro, a assinatura de 101 fundadores, distribuídos em pelo menos nove Estados (incluindo o Distrito Federal).

A partir daí, os dirigentes provisórios registram o estatuto num cartório cível em Brasília e o publicam no Diário Oficial da União.

Só então saem às ruas para colher assinaturas em apoio à criação da legenda.

São necessários 0,5% dos votos válidos (excluídos brancos e nulos) da última eleição.

Os apoios são conferidos, mas é comum o surgimento de denúncias de firmas falsificadas.