Do Jornal do Commercio desta segunda-feira (10).
LISBOA - O governo minimizou a pesquisa do instituto Datafolha mostrando uma queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff de 65% para 57%.
Horas depois de desembarcar em Portugal acompanhando a presidente numa visita oficial de dois dias, Aloizio Mercadante, ministro da Educação e um dos principais conselheiros, reagiu assim : “A pesquisa mostra uma oscilação normal para uma pesquisa de opinião.
Mantém a presidente no melhor patamar de apoio popular e de intenções de voto para 2014, quando a gente compara com qualquer outro presidente neste momento de governo (dois anos e meio)”.
Marco Aurélio Garcia, assessor para assuntos internacionais da Presidência, relutou a falar, mas terminou dizendo: “Sinceramente, não sei qual é a margem de erro, não acho que …
Não acho que seja relevante”.
A ministra da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Helena Chagas, lembrou que a presidente nunca comenta pesquisas de opinião.
Mas deixou claro quem era o emissário de Dilma sobre o assunto, quando perguntou: “Mercadante falou com vocês (jornalistas), não?
Um dos motivos para a queda de popularidade de Dilma, segundo Mercadante, foi a inflação do tomate. É um episódio totalmente superado.
Já está na mesa de todo o povo brasileiro”, assegurou.
Na semana que marcou uma virada do humor dos mercados em relação ao Brasil, por causa de baixo crescimento e aumento de inflação, Mercadante pintou um quadro positivo para a economia. “Excelentes perspectivas, com o Brasil caminhando para uma supersafra agrícola este ano.
A crise do tomate está totalmente superada, o emprego crescendo, a indústria forte e a inflação já apontando na direção da meta”, elencou.
O preço dos alimentos, sobretudo o tomate, que, como disse o próprio Mercadante, foi o “vilão” da queda de popularidade, não é mais problema, segundo ele.
Ainda justificando a queda na pesquisa, ele citou o “incidente” da Bolsa Família - o boato de que o programa acabaria, que provocou uma corrida de milhares de beneficiários às agências da Caixa Econômica Federal.
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