Jaboatão pode perder bairros de Cavaleiro e Curado, que podem virar novo município (Foto: JC Imagem) Por Carolina Albuquerque No Jornal do Commercio deste domingo Considerada uma bandeira “escorregadia” entre os políticos-candidatos já que a posição contrária pode causar perda de eleitorado, a emancipação de distritos voltou à cena semana passada após passar na Câmara Federal a proposta de lei complementar que flexibiliza a criação de novos municípios no País.
Apesar da primeira vitória, o projeto tem que percorrer um longo caminho para virar realidade.
Caso aprovada, essas possíveis novas configurações dos Estados cairão nos colos dos sucessores dos atuais governadores.
Procurados pelo JC, os potenciais candidatos ao governo do Estado produziram opiniões divididas acerca do tema.
Cavaleiro e Curado podem se separar de Jaboatão e virar novo município Em Jaboatão, vereadores já debatem emancipação de Cavaleiro Assembleia Legislativa cria comissão para emancipar cidades Correligionário do deputado federal José Augusto Maia, presidente da Frente Parlamentar de Apoio à Criação de Novos Municípios, o senador e pré-candidato Armando Monteiro Neto posicionou-se contra.
Para ele, essa não é uma prioridade e a criação de novos municípios só favorece o gasto público de “má qualidade”, aquele voltado para alimentar a máquina de pessoal. “Considero que o País enfrenta muitas carências, limitações e dificuldades.
Mesmo impondo critérios e condições sócio-econômicas, insisto que esta não é uma prioridade”, disse Armando Monteiro.
Ele coloca que a grande maioria dos municípios não tem base própria de arrecadação, mais um ponto contra a proposta. “A maioria vive de transferências federais”, frisou.
Embora a bancada petista tenha votado a favor, o deputado federal João Paulo (PT) vê com reservas. “Os municípios brasileiros já enfrentam muita dificuldade no atendimento ao povo.
E nem sempre a emancipação política melhora os serviços essenciais, como saúde e educação.
Pelo contrário: muitas vezes, o atendimento muda para pior”, avaliou, em seu perfil no Facebook.
Outro pré-candidato, o ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho (PSB), é simpático à ideia, desde que haja critérios consistentes. “Não se pode ser contra somente.
Se o projeto é claro em relação à sustentabilidade econômica, sou a favor”, defendeu.
Da mesma lógica compartilha o seu adversário político, o prefeito de Petrolina, Julio Lóssio (PMDB). “Sou a favor desde que possamos ter critérios objetivos.” Ele cita: população mínima, capacidade de geração de receita direta e indireta e localização geográfica.
Coincidente os dois fincam reduto eleitoral em Petrolina, cujo distrito de Rajada pleiteia a emancipação.
O secretário estadual da Casa Civil, Tadeu Alencar, e o vice-governador João Lyra não retornaram às ligações do JC.