Foto: Andrea Rêgo Barros/divulgação No sexto mês da gestão do prefeito Geraldo Julio (PSB) no Recife, as plenárias do Orçamento Participativo (OP) - principal programa político deixado pelo PT durante os 12 anos de administração - ainda não têm data para iniciar.

As reuniões geralmente começavam entre abril e junho.

De acordo com o socialista, os anúncios serão feitos este mês e contemplarão não só o calendário de encontros do OP como também outras ações de participação popular que serão implantadas pelo novo governo.

Geraldo Julio já revelou, por exemplo, que pretende criar o “Prefeito nos bairros”, por meio do qual montará “escritórios” nas seis Regiões Político-administrativas (RPA) para despachar neles.

No OP, é por meio das plenárias que os moradores votam as obras e serviços que querem ver realizadas em cada RPA.

O socialista garantiu que vai dar continuidade ao programa, fazendo alguns ajustes, mas mantendo o modelo deixado pelos petistas de aprovação de ações e obras, com a participação direta das comunidades. “Estamos fazendo um levantamento da situação (das obras já aprovadas), aquelas que têm projeto, que não têm projeto, que têm licitação ou não têm, para discutir com as comunidades as prioridades”, explicou o prefeito, ontem, durante a cerimônia de início das obras do Centro Comunitário da Paz (Compaz) do Cordeiro, na Zona Oeste da cidade, negando que há um adiamento para começar as plenárias.

A cartilha com prestação de contas do OP em 2012, elaborada pelo ex-prefeito João da Costa (PT), diz que a Prefeitura realiza 159 obras prioritárias do programa, um investimento de R$ 105 milhões.

Integrantes do governo socialista já afirmaram que acham o OP do PT importante, mas frouxo.

Questionam, por exemplo, que uma obra seja votada sem que haja um planejamento.

Em discurso no evento de início das obras do Compaz, Geraldo Julio destacou a capacidade do seu governo de “olhar para o programa de governo e tirar as obras do papel”.

Ao lado do governador Eduardo Campos (PSB), ele ainda disse que a construção “é o símbolo da integração do poder público”, já que tiveram participação na sua concretização o governo federal - o terreno foi cedido pela Chesf -, o governo do Estado - que liberou os recursos - e o município - responsável pela obra.