Foto: Ana Luiza Sousa/divulgação O senador pernambucano Armando Monteiro Neto (PTB), em discurso na tribuna do Senado, nesta quinta-feira (6), defendeu a criação de mais vagas para cursos de qualificação profissional no Brasil.

O senador avalia que o País precisa tomar a frente na criação de condições favoráveis ao ingresso de jovens e adultos no mercado de trabalho e que este é “o caminho mais curto para o emprego e uma vida digna para o trabalhador”.

Na opinião dele, o Brasil apresenta avanços nessa área, mas ainda insuficientes. “É sabido que um dos maiores entraves ao desenvolvimento do País, sobretudo na visão de um desenvolvimento sustentável, é a carência de capital humano qualificado para fazer face às necessidades do mercado”, pontuou.

De acordo com ele, o desequilíbrio e a defasagem do sistema educacional ao longo de décadas prejudicaram severamente a formação sólida dos trabalhadores.

O desafio, avalia o senador, é justamente superar esses entraves.

Ele afirma ainda que a maioria dos trabalhadores, hoje, tem baixa escolaridade ou não reúne as competências ou habilidades necessárias para atender às crescentes demandas da sociedade e do setor produtivo. “Não haverá a capacidade fundamental de gerar inovação porque o pilar fundamental da inovação é a qualidade do nosso capital humano”, criticou.

Essa visão, ressaltou o senador, está muito claramente indicada no mapa estratégico da indústria para o período 2013/2022, formulado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que traz um conjunto de metas assumidas pelo sistema industrial brasileiro, em favor da melhoria do ambiente educacional do País.

A proposta da indústria é que a nota média dos brasileiros no Pisa, o programa internacional que avalia o desempenho dos estudantes de 67 países, alcance 435 pontos em 2015 e chegue a 480 pontos em 2021.

Segundo dados de consultorias internacionais, o Brasil ocupa a 126ª posição em termos de qualidade da educação primária e o 57º lugar em educação superior e treinamento.

Em termos de disponibilidade de engenheiros e cientistas, o mesmo relatório avalia que, entre 144 nações, o país fica na 113ª posição.