Foto: reprodução da internet Da Agência Estado Depois do ensaio de rebelião capitaneado pelo PMDB, o Planalto iniciou uma operação para aplacar a insatisfação da base.

O Congresso obteve sinalização de que serão liberados cerca de R$ 1,5 bilhão em emendas individuais aos parlamentares.

A previsão é que isso ocorra na segunda metade de junho.

Os critérios de divisão dos recursos devem ser definidos pelo Planalto até o fim da semana, segundo apurou o jornal O Estado de S.

Paulo.

Pressionada pela base, Dilma se reuniu com os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e Henrique Alves (PMDB-RN).

A estimativa de liberação é 50% maior do que o governo sinalizou no debate da MP dos Portos que expôs o desgaste na base.

Essa será a primeira parcela de emendas autorizadas em 2013 pela equipe econômica do governo.

Uma segunda parcela deve ser distribuída em meados de julho, quando os deputados e senadores se reúnem para votar o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Entre as dúvidas por parte do governo na partilha está, por exemplo, se o tratamento ao PSD será de aliado ou oposição.

Também está incerto o montante que será destinado aos representantes dos partidos de oposição como PSDB, DEM e MD.

Há também indefinição em relação ao PMDB.

Embora o partido seja considerado o principal aliado do governo no Congresso, integrantes da cúpula da sigla passaram a dizer que não fazem questão do recebimento das emendas. “Não estou preocupado com isso”, disse o líder da sigla na Câmara, Eduardo Cunha (RJ). “Não vai ser emenda que vai resolver. É a política que o governo tem que fazer”, acrescentou o vice-líder, Danilo Fortes (CE).

PEC Por trás do desdenho dos peemedebistas está a pressão para se aprovar ainda neste semestre a proposta de emenda à Constituição que impõe ao governo a execução de todas as emendas dos parlamentares.

Hoje, cada um dos 593 congressistas tem direito a R$ 15 milhões em emendas individuais.

A discussão da PEC é capitaneada pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que, apesar das críticas da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, diz não abrir mão de votá-la.