Foto: Guga Matos/JC Imagem Na coluna JC Negócios, assinada por Fernando Castilho Embora o time seja o mesmo, as equipes as mesmas e um mesmo líder, está cada vez mais claro que a divisão dos quadros do governo do Estado para ocupar a Prefeitura do Recife deixou buracos na equipe, que não supriu todas as necessidades da PCR, nem viabilizou a anunciada integração.
Não tinha tanta gente para os dois governos.
E o primeiro buraco que se abriu foi na coordenação do programa de reconstrução das cidades da Zona da Mata.
Boa parte da equipe se bandeou para a campanha de Geraldo Julio, em 2012, atrasando o cronograma de entregas e constrangendo o Estado, ao só entregar 20% das residências.
Outro vazio foi no Consórcio Grande Recife, que já sofria com falta de pessoal técnico deslocado para a Secretaria das Cidades e ainda precisou socorrer o prefeito na supersecretaria de mobilidade, ficando também sem gente.
O resultado foi que, em cinco meses, a secretaria liderada por João Braga não recebeu ajuda do Consórcio, seja na gestão do trânsito no Recife, seja no desenvolvimento dos projetos comuns, funcionando com uma agenda onde a PCR tem o mesmo tratamento das demais cidades da RMR, a despeito de sua importância para todo o sistema urbano.
Isso não quer dizer que os grupos não se falem.
Mas o nível de cooperação e integração está longe do que se poderia esperar de quem aparentemente pertence à mesma base política.
E, a bem da verdade, parte do desgaste que a nova Secretaria de Mobilidade já sofre poderia ser menor na questão do trânsito ou dos ônibus se as equipes trocassem informações com o Consórcio Grande Recife, o que não vem acontecendo.
A falta de equipes ficou clara desde o primeiro dia de trabalho de João Braga, que se socorreu de técnicos do Consórcio, como Taciana Ferreira que foi para a CTTU.
Ela não é um caso isolado.
A questão é que Taciana já era remanescente.
No processo de esvaziamento do Consórcio (antes na mão do PT), a maioria dos técnicos foi para a Secretaria das Cidades, de Danilo Cabral.
A falta de pessoal e as prioridades da Secretaria das Cidades para 2014, na prática, impediram Braga de ter ajuda do Consórcio e ele teve que costurar com o que encontrou nas bases da PCR.
Braga não tem tido muita ajuda. É como se o Consórcio não existisse para a PCR e ela não existisse para o Grande Recife, que mantém foco nos prazos de inauguração de terminais e dos BRTs.