No Jornal do Commercio desta terça-feira BELO HORIZONTE - Integrantes da base do governo tucano em Minas Gerais querem buscar o apoio do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), à provável candidatura à Presidência do senador Aécio Neves (PSDB-MG).
O presidente socialista e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, também é cotado para a corrida presidencial do ano que vem, mas os aliados do senador estão confiantes no apoio do prefeito.
Ontem, lideranças de oito das cerca de 20 legendas que integram a base do governo mineiro reuniram-se para criar uma espécie de força-tarefa pluripartidária para trabalhar pela candidatura de Aécio e pela construção de um palanque para o tucano no Estado.
Segundo o presidente do diretório estadual do PSDB, deputado federal Marcus Pestana, “uma das tarefas do movimento” criado ontem será a discussão com o prefeito da capital. “O PSB tem uma série de circunstâncias específicas.
Todas as lideranças aqui presentes pretendem ter uma conversa com o prefeito Márcio Lacerda no momento próprio.
Há uma construção a ser feita”, disse.
Apesar de integrar o governo tucano em Minas, o PSB não foi convidado para o encontro porque, de acordo com Pestana, “seria uma descortesia convidá-lo para integrar o movimento sendo que ele tem uma dinâmica própria nacional”. “Parceria, aliança, pressupõem respeito à dinâmica própria de cada força.
Eles (PSB) estão num processo de transição, de consolidação de um novo momento partidário.
Nós temos que respeitar”.
Lacerda foi eleito em 2008 com apoio do então governador Aécio Neves em parceria com o ex-prefeito da capital e atual ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, possível candidato petista na sucessão estadual.
Em 2012, o socialista rompeu com o PT e derrotou os ex-aliados em campanha coordenada pelo senador tucano.
O nome do prefeito já foi cotado para a sucessão do governador Antonio Anastasia (PSDB), mas Lacerda nega que tenha intenção de deixar o cargo e, com a possibilidade da candidatura de Eduardo Campos, a candidatura estadual do PSB com palanque para Aécio no Estado se tornou inviável.
Anastasia não pode ser reeleito e não há nome para disputa pelo Estado.
Outra atribuição das lideranças reunidas ontem foi tentar convencer a direção nacional de seus partidos a aderirem à candidatura de Aécio ou, pelo menos, deixarem que os diretórios estaduais definam as coligações regionais.
Estavam presentes à reunião integrantes de legendas que integram a base da presidente Dilma Rousseff, como PSD, PR, PTB e PDT, além de partidos da oposição como DEM e PPS.